Sexta-feira, 30 de Março de 2012

PINGOS RETIDOS

Paul Corfield

 

Fosse eu membro do Olimpo e já teria decidido vazar chuvas que limpam o ar de poeiras e alimentam raízes. Dizem estarem a subir de Sul para Norte onde ardem hectares revestidos com bens vegetais, alguns deles que somente daqui a anos muitos adquirirão o esplendor por ora morto.  

 

Ao subir pela IP3, desviando o caminho em Coimbra, os montes e seus cumes à volta de Penacova e Penela estavam luxuosamente penteados com árvores de grande porte. Lá no fundo corre, apressado, o Mondego perdido por chegar à foz da Foz e fazer mistura com águas marítimas. Aldeias de ingénuo e belo casario debruçam-se sobre ele, bebem-lhe a vista e o fluir, oferecem detalhes dignos de qualquer mestre paisagista. Tomara pertencer me dom bastante para recriar a beldade inocente dos lugares que bordam margens do Mondego.

 

Olho pela vidraça e fruo dos pingos retidos. Olho a rua e fruo do alcatrão molhado. Olho ao alto e o cinza promete que o deleite continue. Fica alegre o espírito por afogar a saudade da chuva e pelo júbilo da terra.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 11:32
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