Peregrine Heathcote
Folgo em saber, que a cintura das calças volta às cinturas femininas. Não enjeitando arejar do corpo o possível, ainda que «compostinho» – o bom senso e o pudor é bonito! -, bastas vezes o gesto de me sentar se revelou delicado. O cós baixa, o fio íntimo sobe e quando o fresco se insinua por onde não era suposto, o melhor é pôr a mala atrás das costas. Um desassossego. Prazível é o definido ondular da anca e a cintura nua ao caminhar. Como não entender que gramas a mais não impeçam a tantas mulheres igual satisfação? Não é deleite para os olhos, concedo, mas se à própria satisfaz que frua do corpo solto. E depois, há que optar entre cinturas cingidas no meio de pneumáticos, lembrando a velha publicidade protagonizada pelo homem Michelin, e o pingue bambo do peito até ao cós. Dos homens e das mulheres.
Mas são os vestidos que me tentam nos estios. Se um ‘tudo nada’ retro tanto melhor. À imagem e semelhança dos vintage que os anos não desbotam. Leves, presos por tiras, decote em bico e alças no pescoço. Ficam as costas libertas e dispensados interiores. Pernas embrulhadas em calças evito quando a calidez insinua liberdades, acelera o respirar e incendeia a pele. Um vestido é peça única que num simples desfazer do laço aos pés cai sem préstimo. A ponta do pé chega para, num toque breve, o afastar.
CAFÉ DA TARDE
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros