Michael Shapcott, Hemera
Elsa, dirigindo-se aos italianos não conseguiu proferir o termo “sacrifícios” a que ficam doravante obrigados os concidadãos pela reforma das pensões. E quem é a mulher sensível que não escondeu lágrimas e voz entupida perante as câmaras? _ De seu nome, Elsa Fornero; como função ministra do 'Trabalho e dos Assuntos Sociais' do recente governo de Itália; no curriculum, professora universitária, depois, membro do conselho de administração de importante banco do país (mais aqui). Acusada de encenar o momento que hoje os satélites e cabos ópticos distribuem no mundo. Resultado: as bolsas europeias festejam os pacotes restritivos anunciados, os italianos engolem-nos sem digestão e começam a entender que o burlesco habitual no defunto ‘governo Berlusconi’ não fez parte do cloreto de sódio e água das lágrimas da Elsa.
No ranking europeu definido pelo Financial Times das melhores escolas que formam executivos em economia e gestão, foram promovidas duas instituições portuguesas: a “Nova” passou do septuagésimo quarto lugar do ano anterior para trigésimo nono, a “Católica” subiu para trigésimo terceiro. Encabeça a lista, pela terceira vez consecutiva, a "Haute Ecole Commercial de Paris". Honra-nos o reconhecimento de excelência das faculdades de economia e gestão, das pós-graduações que proporcionam e ficam, assim, entre as quarentas melhores europeias. Indo além, talvez num futuro por anunciar os formados que dirigem dinheiros das empresas e nacionais introduzam pensares novos e lúcidos que nos beneficiem e, por isso, promovam.
CAFÉ DA MANHÃ
Autores que não foi possível identificar
“Sabia que a frase era antiga, mas não sabia quanto. Sabia o uso, mas não a origem. Na pesquisa descobri que a frase é atribuída a Cervantes no capítulo VI da sua obra máxima, Dom Quixote de la Mancha. Foi dita pelo seu fiel escudeiro Sancho Panza, que insistia em mover um moinho com a própria urina. Como todos sabem, Sancho tinha uma incontinência urinária. Mas mesmo assim, era impossível. Depois de várias tentativas, Dom Quixote tentou mover o moinho com a própria espada, em célebre cena. Não deu em nada. E ele escreveu: “Vamos embora, isso vai dar em nada…”. Deve ter conhecido um aforismo atribuído a Heráclito: “Ninguém se banha duas vezes nas águas do mesmo rio”. E como o personagem era meio maluquinho e o contexto era o dos moinhos, simplificou, falando da mesma coisa de forma mais fácil para qualquer um entender.
Cervantes, no começo do século XV e no final da vida, não podia imaginar que os seus personagens encontrassem mais pelo caminho que moinhos, tabernas, pequenas batalhas. Sem GPS, Google Maps, Gtalk, telefones móveis, que fazer? Procurar por Dulcineia, caminhando, batalhando, eternamente.
Repetimos: ‘a sabedoria comum é assim. Acredita-se e pronto.’ Pode funcionar em muitas ocasiões, principalmente para aqueles cujas verdades cristalizadas são incapazes de diferenciar resistência de persistência. Mas, desde que se vive ao largo dos bits e bytes, compondo a realidade com um mix de recursos analógicos e soluções digitais, as águas da internet nas quais navegamos, podem muito bem não passar.
No mar de informações disponíveis na web, com tantos e óptimos conteúdos, passa apenas o conhecimento construído e muito fica para construir. Se as primeiras águas eram de rios, a web é comparada ao mar. Navegamos nas suas ondas. Mergulhamos e o mergulho em qualquer profundidade, repetidamente, só move. Acrescenta. Desperta. Inova. Nela tudo se encontra. Até gente. Pode ser passado dos outros, mas futuro de quem busca. E estas novas águas movem seja o que for, até moinhos.”
Nota: adaptação do lido aqui.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros