Autor que não foi possível identificar
Porque as incertezas crescem como ervas daninhas chegada amenidade no clima, apetece obliterar desgraças e graças sem graça – no XXI, a falta de saneamento e água canalizada em recônditos do país, a irresponsabilidade de quem entende a situação portuguesa como pirueta em trampolim sem jamais a ter ensaiado, a ‘guerra dos travesseiros’ na Alemanha, lá para os lados da Porta de Brandenburgo, convocada, vai sendo uso, por telemóvel e redes sociais. Nós, por cá, todos mal, sem obrigada no remate. Hora do belo adoçar a vida.
Prezo vícios que escolho. O vício não é, necessariamente, um mal para o próprio e, de modo garantido, nada tem de contagioso. Dalguns que acarinho, pelos quase oito anos de SPNI fui dando notícia, conquanto a alheios não interessem pela figurinha anónima que assina Teresa C.. Mas, por ser dada a partilhas, a mulher frui e inventa e constata teias de gentes amáveis onde imerge com gosto. Pela atitude não encontra razões para lamúrias. Continua.
O bailado foi-me «impingido» ainda criança - não, jamais frequentei aulas de ballet; fui poupada a frou-frous cor-de-rosa, a balanceio em pontas. O fascínio cresceu na justa medida da insistência familiar em levar a garota a espectáculos de bailado, empoleirada em cadeira nunca para trás da terceira fila. As impressões mais vívidas recolhi da beleza cénica e do som leve do toque das sapatilhas no soalho/palco. Mais tarde, atentaria nos «promaiores». Então, o hábito passou a vício.
Comentadores referiram Polina Semionova, Полина Семиoнова de seu nome. Não conhecia, vergonha minha. Investiguei: é russa, tem vinte e sete anos, bailarina premiada, prima ballerina do Ballet Staatsoper de Berlim (isto se a Wiki estiver actualizada). Deixo imagens enviadas por mui nobre comentador. Pobres sempre – o amor pela dança alimenta-se ao vivo; carece do jogo muscular, do fácies, da agilidade, da técnica, da criatividade, da envolvência cénica e do tal sussurro dos pés que tocam o palco. Bailado em filme é redutor não havendo trama empolgante como no Cisne Negro ao qual a «oscarizada» israelita Natalie Portman emprestou vida.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros