Alberto Vargas
Relação dividida entre o amor e a indiferença. Paixão, quiçá, no final. No antes, toca a rebate a ansiedade. Durante, os carrilhões emudecem. Acabada a entrega, é hora da exaltação se a contento e harmónicos os andamentos. Ontem, no esperadouro, reproduzidos passados. Sem coito ou cura no horizonte, algolagnia pessoal – rejeito infligir deliberados sofrimentos a outrem, salvo jogue verdade transmissível. Obrigatória se pontapeada pela omissão a dignidade.
Convencionais recomendam que nos dizeres a mulher transpire e o homem sue. Disparate! _ Tudo o mesmo. Solução aquosa de cloreto de sódio e ureia excretada pelas glândulas na pele dos mamíferos. Abaixo as convenções bon chic, bon genre! Próprias dos que padecem de insegurança no tutano do espírito e subordinados ao ‘disse que foi dito’. Desgraças comuns. Outras mais graves afligem demasiados e na terra dos cegos onde quem possui olho não é necessariamente rei por ver nua a majestade. Montada ou apeada, tanto faz.
No meio do imbróglio palavroso, é debatido o futebol. Religião cá e noutros lugares desta Terra/Lar. Bento, mais sim? Seara, acerca do qual Sequeira diz coisas muitas, sim ou não? (In)Sanidade de protagonistas e multidões, algumas cartesianas como soe considerar as francesas, que, malgré tout, perdem o tino à cause d’un jeu no Mundial. Vibrei com a notícia em idos lida num jornal de semáforo e que descrevia o escândalo francófano. À borla, pois então!, o escândalo e o jornal! Daqueles com duas páginas centrais – vi e pasmei – dedicadas a senhoras pouco vestidas e prestadoras de sugestivos bens sexuais. Benditos corpos que se prestam a resolver problemas masculinos emergentes em qualquer ocasião! Merecem direito a recibo descontado no IRS do utilizador. Duvido que psicoterapia a preceito tivesse melhor e rápido efeito no «alivia-cabeças» de fantasmas e frustrações.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia de Veneno C.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros