Domingo, 10 de Maio de 2015

ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA - 150 ANOS

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Legendas de cima para baixo e da esquerda para a direita:

 

- Ao ser inaugurada, a estação possuía apenas dois andares.

- A chegada do professor de Economia, Josiah Stamp, presidente da London School of Economics, em 1935.

- Descarga de batatas para abastecer as mercearias de Lisboa, 1943.

- A estação de Santa Apolónia foi ponto de partida e chegada de emigrantes, nos anos 70.

- Imagem que nos mostra emigrantes, no início da década de 70.

- No dia da revolução dos cravos. 25 de abril de 1974, final de tarde.

- Uma multidão esperava Mário Soares.

- Fachada em 1998.

- Fachada atual.

- Chegada da seleção argentina de basquetebol na primavera de 1955.

 

 

 

A Estação de Santa Apolónia em Lisboa completou 150 anos no dia inaugural de maio. Foi a primeira estação de comboios portuguesa. Desta estação, inaugurada a 1 de maio de 1865, no reinado de D. Luís I, “partem diariamente 75 comboios da CP (Alfa Pendular, Intercidades, Inter-regional, Regional e Urbanos) e chegam outros tantos”, realça a Rede Ferroviária Nacional (Refer) à agência Lusa. É também na Estação de Santa Apolónia que têm início e fim os comboios internacionais Sud Expresso (ligação a Paris) e Lusitânia (ligação a Madrid). 

 

 

 

A fachada principal, simétrica, apresenta-se do estilo neoclássico, como pode ser comprovado pela decoração das sacadas, pelo frontão e arquitrave, os arcos de volta perfeita e a saliência no módulo principal. A nave da estação tem 117 metros de comprimento, 24,60 metros de largura e uma altura máxima de 13 metros. Os materiais utilizados na sua construção foram alvenaria de tijolo, cantaria de calcário, ferro forjado, madeira (pinho) e vidro.

 

 

 

O projeto para a construção de uma estação entre a Praia dos Algarves e a Rua Direita do Caes dos Soldados, aproveitando o antigo Convento de Santa Apolónia, para servir a ligação por caminho-de-ferro de Lisboa ao norte do país e a Espanha e França, foi aprovado em 1862. Em 1856 tinha-se realizado a primeira viagem de comboio em Portugal, entre Lisboa (a partir de um cais improvisado perto da atual estação) e o Carregado, e havia projetos do ministro Fontes Pereira de Melo para expandir o caminho-de-ferro pelo país.

 

 

 

A autoria do projeto original da Estação do Caes dos Soldados, como então se lhe chamou, coube ao Engenheiro Angel Arribas Ugarte, ao Engenheiro Diretor João Evangelista Abreu e ao Engenheiro Chefe Lecrenier. A construção coube à empresa do engenheiro francês C.A. Oppermann, diretor da publicação de engenharia “Nouvelles Annales de la Construction”, e foi dirigida pelo engenheiro Agnés, tendo as diferentes partes que compõem o edifício sido subcontratadas a diversos construtores. Custou na altura 255.164$000 réis, o equivalente a pouco mais de 255 escudos (1,27 euros).

 

 

 

O edifício, encomendado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, tinha “cocheira para 22 carruagens”, salas de espera de 1.ª, 2.ª e 3.ª classes, e salas do chefe de estação, “dos botequins e casa de pasto”, além de ser iluminado por 143 candeeiros a gás, de acordo com uma descrição no “Archivo Pittoresco Semanario Illustrado”, publicação lisboeta da época. A estação – que é um lugar central no fim trágico do romance Os Maias, de Eça de Queirós – foi sofrendo alterações ao longo dos tempos.

 

 

 

“Ao edifício foi acrescentado um andar superior e construída a avenida Infante D. Henrique. Foram criados parques de estacionamento para automóveis particulares, táxis e paragens de elétricos. (…) Os cais de embarque foram prolongados e alargados, procedeu-se à iluminação de toda a gare, dotou-se o edifício com o serviço de bar, salas de espera, depósito de volumes, vendas de jornais e um sistema de informação ao público”.

 

 

 

A 17 de novembro de 1873, foi inaugurada a chamada linha de “Americanos” com “carruagens de Nova Iorque, puxadas por mulas brasileiras” como terá dito Ramalho Ortigão. A linha unia Santa Apolónia à atual Avenida 24 de Julho, anteriormente conhecida como o aterro da Boavista, passando por Santos. Foram elogiadas as novas carruagens: “são muito espaçosas, com assentos para 22 pessoas, mas podem transportar em pé, aos lados do condutor e do cocheiro, mais 12 passageiros”.

 

 

 

No dia 19 de maio de 1886 a princesa Maria Amélia de Orleães chegou pelas 17h00 à estação de Santa Apolónia vinda de Paris. Aquela que se iria tornar na Rainha D. Amélia de Portugal chegou acompanhada pela família e pelo numeroso séquito. Rumou a Lisboa para celebrar a boda de casamento com o príncipe D. Carlos de Bragança na Igreja de Santa Justa a 22 de maio. Depois da chegada da princesa todos almoçaram na histórica estação.

 

 

 

Nota – Fontes: esta e esta outra.

 

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

 

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:00
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Quarta-feira, 12 de Junho de 2013

EXAMES NACIONAIS, GREVE, ALUNOS E PROFESSORES

 

Michele Del Campo e autor que não foi possível identificar

 

Na Refer, na TAP, na Carris e Metro, na ANA fervem greves nas alturas decisivas das necessidades dos cidadãos. Não fora assim, quem notaria as revindicações dos trabalhadores abrangidos por aquelas entidades? Tendo sindicatos tão pobretanas quanto eles e o país – inexistentes fundos que remunerem grevistas inscritos nas fileiras sindicais -, perdido o salário dos trabalhadores à conta de nada? Não seria arguto, muito menos eficaz na força da greve como forma de luta contra as injustiças perpetradas, lesivas dos direitos laborais.

 

É inaceitável a prepotência do Ministro da Educação ao não acatar a diretiva do Colégio arbitral que rejeitou serviços mínimos na greve dos professores no dia 17 em que ocorre o exame nacional de Português abrangendo a quase totalidade dos alunos do 12º ano seja qual for a área frequentada (Humanidades, Ciências e Artes). Depende de Crato e seus acólitos remarcar o exame referido para outra data não abrangida pelo intervalo de tempo previsto na duração da greve. Talvez, quem sabe, aspira ao cognome de Iron Man. Imerecido, de facto, pela argila mal cozida das medidas até aqui tomadas que não retiraram a condição de reféns aos alunos, suas famílias e professores.

 

O Ministério continua a transmitir aos portugueses a ideia de serem os professores cambada de madraços. Desautoriza-os. Generaliza a ideia de privilégios incomuns como reduzida carga horária, férias a rodos e proventos a mais quando da profissão deviam fazer sacerdócio. Mentiras que colam na opinião pública. Soubesse esta da burocracia inenarrável às costas dos professores que lhes retira tempo para um serviço educativo de qualidade, das deploráveis condições de segurança nas escolas onde os pais deixam os filhos, outra seria a reação das famílias. Fazer dos professores bodes expiatórios é o rumo populista mais fácil. Desfoca o essencial.

 

Importa saber os exames nacionais como decisivos para discentes e docentes. Uns e outros consideram-nos momentos altos pela avaliação do trabalho desenvolvido anualmente. O caminho da greve é o último que os professores aceitam, salvo quando reconhecem em perigo a qualidade do ensino que prestam e os direitos dos alunos por via do autismo governamental.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:12
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Quarta-feira, 6 de Abril de 2011

SOBRE A BOA-FÉ

Chenoa Grace

 

Eixo Norte-Sul. Entupimento determinado por greves do Metro, ou da C.P. – se os autocarros omitirem serviço público pouca diferença faz no tráfego; caso este, o povo alterna por via de meios outros que no dia prestem serviço. A marcha sai incólume. Ouvi dizer na rádio eleita que o problema dos serventes do Metro é falta de equiparação às prerrogativas dos funcionários públicos que, nem de propósito, não os inclui. Sendo verdade ou mentira, irrita o prolongado calendário grevista que me torce o umbigo pelo que não têm nem são e pela altura escolhida para modificar estatuto profissional.

 

Os senhores empregados nas empresas estatais – pecha a exterminar - reclamam e amocham quem na carteira encafua passes dispendiosos tendo em conta o magro salário depositado à volta de 30 no mês. Ora, se na REFER entendo o escândalo pela ostentação de privilégios e despesismos vários dalguns quadros e dos administradores, no Metro, que saiba, há contenção relativa – estando ludibriada agradeço ser corrigida. Os taxistas aproveitam o furo d’oportunidade e aumentam em 30% a soma das corridas. Uns perdem, outros ganham, regras do jogo no ofertar e procurar. O mexilhão jamais salvaguardado.

 

Idos meses de mais em incertezas nos transportes. Pessoa de boa-fé marca data p’ra viagem sobre carris - pasma quando o serviço de venda de bilhetes online informa que não, que está enganada, que naquele preciso dia comboio sim, não ou talvez. Abóbora! Publicamente declaro-me farta da minha compreensão e benevolência iniciais que o abuso da índole tolerante converteu em patética.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

P’ra acalmar, outra voz portuguesa, desta com origem em Coimbra.

 

 

publicado por Maria Brojo às 07:22
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