Samanta Hahn, Rick Garcia
“Costumo dizer que a música erudita é uma das mais altas manifestações do espírito humano civilizado.
A propósito da última série de 'sinais' que produzi e no meio do atordoamento geral e da popularidade de uma alarvice como o 'rep' e o 'ipop', ocorre-me que será oportuno lembrar que um músico quando toca produz sons que estão marcados na pauta com precisão, as notas; e esses sons têm uma altura, intensidade, duração e relação sucessiva entre si muito precisas, não são 'mais-ou-menos-acertados', fora a 'nuance' interpretativa, claro mas que não foge ao que está escrito.
Mais, quando toca com uma orquestra, cada instrumentista, está ainda permanentemente atento e também consciente da sua parte e necessariamente, da parte dos outros; o instrumentista sabe com precisão onde entra e onde se cala. Tudo isto, por si só e se nos lembrarmos da complexidade e duração de certos concertos ou das óperas, tudo isto exige um enorme poder de concentração da atenção e uma capacidade de execução de tarefas difíceis e prolongadas excepcional. O instrumentista comum, além de saber ler 'aquilo', sabe traduzir 'aquilo' e converter a tradução em movimentos extremamente elaborados dos dedos e das mãos ou da voz; muitas vezes ainda, para meu grande e continuado espanto, o instrumentista ou o cantor, solista ou não, sabe de cor a peça que interpreta! Será qualquer coisa como dizer de cor metade dos Lusíadas, talvez; não sei...
E agora...
ainda pensa que prestigiado é o economista da tv ou do engenheiro da edp?
Se reconhecer prestígio ao prof de português ainda se pode perceber porquê...
(isto, para não falar nos prestigiados alarves do dinheiro... tá claro!)”
Autor: cúmplice que muito prezo nesta coisa de pensar.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
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