Sexta-feira, 2 de Maio de 2014

A PEDRA ROLANTE E A TARDE MAIS BELA

  

Bob Dylan                                                                                                      Caring

 

Porque descreve razões que subscrevo do meu gosto pelo Bob Dylan e por esta composição em particular, porque me lembra tempo em que fui, porque foi ido rico em mudanças sociais, do meu contexto também, considero ocioso reescrever a substância da notícia ou desdobraria rol extenso de intimidades. Por agora, prefiro deixá-las no meu baú/tesouro.

 

“O manuscrito de "Like a Rolling Stone", a mítica canção que celebrizou o músico norte-americano Bob Dylan no mundo do rock and roll, vai ser leiloado pela Sotheby"s a 24 de junho em Nova Iorque.

Avaliado em cerca de dois milhões de dólares (cerca de 1.445.790 euros), o manuscrito de Bob Dylan é a joia da coroa do leilão intitulado "De Presley ao Punk: Uma História do Rock and Roll", organizado pela Sotheby's.

Segundo a organização, o leilão também inclui obras de Jimi Hendrix, The Beatles, Elvis Presley e dos Rolling Stones.

Escrito pela sua própria mão e letra em 1965, o texto de quatro páginas é o mais importante dos lotes de música popular desta venda porque, com ela, Dylan passou de cantor de folk a ícone do rock.

"É o Santo Graal das letras do rock. O lançamento de "Like a Rolling Stone" mudou irreversivelmente a história da música depois da guerra", disse, num comunicado, o especialista da leiloeira na área da música Richard Austin.

O tema, retrato de uma vida errante e solitária, foi eleito pela revista Rolling Stone como o segundo disco mais influente da história do rock, depois de "Satisfaction", dos britânicos Rolling Stones.”

 

Nota - esta a fonte onde bebi. 

 

Da "Era Uma Vez", mulher rica no sentir que transfere para as teclas e, por isto, minha convidada para nesta chaminé virtual escrever.

 

"era a tarde mais bela de todas as tardes que me acontecia"...

A minha filha de dois anos empoleirada nos ombros do pai sorria por nos ver sorrir
Um cravo para um soldado e aconteceu à janela de um quartel
e Lisboa se encheu de sorrisos e da "festa da vida" em música já anunciada
"e venham os novos e os velhos" e vieram mesmo ou ficaram debruçados nas janelas com bandeiras nacionais

do meio da multidão que desfilava devagar
e dos passeios apinhados a ver passar
surgiam de quando em vez homens que
se abraçavam chorando
talvez tivessem feito a guerra talvez Caxias talvez o Tarrafal

o sol já sem medo inundava a cidade emoldurando a alegria
talvez ingénua
porque raramente imaginada

EU estive lá. A minha geração esteve lá.
Levou os filhos e os pais e a fé num país melhor
Merecíamos aquela tarde. Foi nossa. E será sempre enquanto tivermos memória.
E essa, não há governo nem troika nem corrupto que consiga apagar(ou taxar)

O piquenique e as rosas que fiquem para outro dia...

Hoje é o dia de quem trabalha e trabalhou,
Cresceu, floriu e deu frutos, acreditando...

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:54
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Sexta-feira, 30 de Setembro de 2011

DE BRAGANÇA A CACILHAS

Autor que não foi possível identificar

 

A unidade de medida portuguesa não pertence ao SI (Sistema Internacional de Unidades). O padrão luso é o car(v)alho – feio como o car(v)alho, mais duro que o car(v)alho, chato como o car(v)alho, pesado como o car(v)alho. Mandámos às urtigas o metro, o quilograma e demais unidades que o mundo aceita, resumindo-as a um só termo de comparação. Prático, simples e sempre a jeito. Sem carecer de conhecimentos científicos, ainda que rudimentares. Por todos, entendido. Faz tempo, emigrou. Democratizou-se. Renegou pertença às classes humildes e rurais nortenhas para correr o país de lés-a-lés. Hoje é cosmopolita. Calça sapatos italianos, usa gravata de seda e veste caxemira.

 

“Vai p’ró car(v)alho!” Expressão intrigante. Associar punição ao dito, é fazer dele coisa ruim. Sendo maioritariamente homens os useiros e vezeiros no desabafo, não é estranha a associação? O dicionário afirma que o vulgarismo de pénis utilizado como interjeição é tão somente outro modo de afirmar espanto, admiração, impaciência ou indignação. A origem parece remontar às destemidas naus e caravelas. Marinheiro que infringisse normas era desterrado para o cimo do mastro imponente – o fálico «carvalho». Ficava o punido exposto aos ventos fortes e à mortificação. Sobrevindo enjoo capaz de largar pela borda fora as entranhas, estava garantido castigo exemplar. O «carvalho» era a «solitária» dos mares. Marinheiros em terra, a palavra perde o «r» e conserva o significado temeroso. Transformá-la em ameaça e padrão, foi um passo. Criativo povo que de um mastro faz unidade de qualquer medida, como a distância do car(v)alho entre Bragança e Cacilhas.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:55
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