Gayle B.Tate
Nos três próximos anos, o desequilíbrio das contas públicas em Espanha obriga a redução de 50 mil milhões de euros na despesa pública. Em 2009, um milhão de empregos foram perdidos – pico inusitado na última década. Números redondos: 20% de desempregados. Os portugueses que por lá trabalham foram dos mais afectados pela horda de despedimentos. Que, enganadoramente, não seja julgado conforto o mal alheio. Quando 25% das nossas exportações têm endereço espanhol, tossir lá é pneumonia aqui.
Murteira Nabo colocou bem pintas nos «is». Que seja aumentado o investimento em obras públicas capazes de aumentar riqueza e fornecer retorno a curto/médio prazo. Exemplificou: hospitais, renovação de escolas secundárias, outras construídas de raiz englobadas em qualquer nível de ensino - universitário incluído e acoplado a investigação de ponta.
É certo termos povo cada vez mais escolarizado e menos «formado». A multiplicidade de licenciaturas é absurda – as mais das vezes para nada servem e ludibriam os inscritos. Universidades ofertam útil e logros – do maior número de candidatos à frequência decorrem subsídios aos orçamentos. Que seja imposto filtro. Racionalizados os gastos se o destino é ausência de procura dos diplomados.
Roubini, o profeta/guru norte-americano em economia, afirmou:
_"Se a Grécia cair, é um problema para a zona euro, mas se a Espanha cai, é um desastre".
Englobou os países mediterrânicos:
_ “Portugal, Espanha, Itália e Grécia enfrentam não só um endividamento público crescente, mas também um problema de competitividade. Mesmo que estes Estados resolvam a dívida, o problema da competitividade persiste.”
A zona euro treme. Periga. Jean-Claude Trichet defende-a:
_ “A Grécia não é a Finlândia e a Espanha não é a Alemanha. O défice público conjunto dos vários Estados é inferior ao norte-americano.”
Obama e Comunidade Europeia carecidos de lança em riste. Ou a empunham, ou o mundo económico vai a pique. Excepção: a China.
CAFÉ DA MANHÃ
A “menina Grammy”
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