Anne Bascove
Pululam os salões eróticos. Este fim-de-semana, o Porto anima-se com o realizado anualmente. Novidade: “aulas de sexo para casados”. À primeira, pode surgir como risível. À segunda, dá para pensar. À terceira, é para levar a sério conquanto pedagogias género fast não inspirem confiança. Ainda assim, é ideia que não me desagrada. Quantos pares acasalados, caem nas rotinas desestimulantes do quotidiano? Insinuado o tédio, a vertente sexual ressente-se. Ora, a imaginação, o desejo de surpreender o amado sem ou com acrobacias estereotipadas – se o forem e corresponderem a fantasias do casal não vislumbro problema -, acompanhados de tolerância e compreensão, de nadas muitos, compõem a gratificação do conjugar vida a dois.
É facto incontestado que nestas exposições eróticas, em vez da maioria de homens sós, entram agora casais em número significativo. O espírito voyeur, quiçá esteja presente e julgo não fugir da realidade, em si não é um mal. Todos, de um modo ou doutro, o possuímos mesmo se aplicado à observação de quem se cruza connosco. E se há curiosidades obsessivas apenas focadas no sexo, sem outras o conhecimento humano restaria primário.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros