Quinta-feira, 12 de Junho de 2014

SÓ PARA «MOUROS»

 

                                                                           Almada Negreiros - Gare Marítima de Alncântara

 

Dia de trindade de festanças. À uma, marchas populares deslizando na noite lisboeta ali prás bandas da Avenida. Às duas e a escassas horas anteriores ao desfile de cetins berrantes mais os arcos com seus balões, o espetáculo de abertura do Mundial de Futebol concebido por empresa nossa de Leiria. Às três, o primeiro jogo: Brasil-Croácia.

 

Para «mouro» aficionado de futebol e das coreografias marchantes apreciadas in loco que tenha por costume escolher com antecedência lugar para nada perder da noite rainha de «Lesboua», a opção está difícil: ou Mundial e jogatina ou o meneio apurado das ancas bairristas.

 

Apostando no três em um, configuro lisboeta avançando para as marchas munido de tablet. Possível nos intervalos entre saracoteios, mandar bocas no Facebook, seguir as últimas do Brasil, ou não saiba um português a conjugação do verbo desenrascar de cor.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:52
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Terça-feira, 9 de Julho de 2013

CHAVE D’OURO

 

Emily Zasada – Cup of Coffee and Pie Slice

 

Encantam-me lendas, mistérios e contos tradicionais que de boca em boca são perpetuados. Dos enigmas que algumas expressões populares encerram, procuro respostas. Até agora, a «rede» e os «antigos» forneciam explicações, nem todas nem sempre fiáveis. “Eis senão quando”, seria gosto desta comummente usada conhecer o porquê, entretendo ócio em presença de uma «bica» pousei o olhar no pacote de açúcar complemento. Porque aprecio sabores puros seja do café, do chá, duma limonada, duma salada de frutas, costumo deixar intactos pacotes de açúcar.

 

De regresso ao momento de lazer na esplanada com café na mesa. No pacote da doçura aparentemente banal, rezava a frase “tirar o pai da forca” e a lenda explicativa anexa. Persisti na atenção a outros que publicitassem o café Chave D’Ouro e me fossem postos na frente. Até ao momento, cinco. Partilho o aprendido:

 

“Levar um puxão de orelhas”

- Significado: repreender.

- Origem: as Ordenações Afonsinas prescreviam que os ladrões tivessem as orelhas cortadas. Vasco da Gama relatou o corte de 800 orelhas e Gomes Freire recebeu 7800 delas. Mais tarde, as orelhas deixaram de ser cortadas e passaram apenas a serem puxadas.

 

“Cair que nem tordos”

- Significado: cair em grande quantidade, queda fácil.

- Origem: a caça. Os tordos voam em bandos densos e, quando atingidos por um tiro de caçadeira que dispara muitos chumbos em simultâneo, caem em grande quantidade. Com só tiro são mortos vários tordos.

 

“Dar um lamiré”

- Significado: sinal para começar algo.

- Origem: trata-se da forma aglutinada da expressão ‘la, mi, ré’ que designa o diapasão, instrumento musical usado na afinação de instrumentos musicais ou vozes. A frase foi-se popularizando designando qualquer sinal que dê começo a uma atividade.

 

“OK”

- Significado: está tudo bem.

- Origem: durante a Guerra Civil Americana, nos dias em que não havia baixas, os militares americanos penduravam tabuletas à porta das casernas com as iniciais “OK” que significava 0 killed (zero mortos). A moda pegou e, hoje em dia, é das palavras mais ditas em todo o mundo.

 

“Tirar o pai da forca”

- Significado: ter pressa.

- Origem: Santo António estava em Pádua e teve de ir apressadamente a Lisboa para salvar o pai da forca. Lenda conhecida que tem atualidade neste século onde todos andam apressados como quem vai tirar o pai da forca.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:56
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Quinta-feira, 13 de Junho de 2013

SANTO ANTONHINHO ONDE TE POREI?

 

Painel cujo Autor que não foi possível identificar, Bottelho.

 

Completam-se hoje, dia de Santo António, os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa. Vários são os poemas que dedica a Santo António ou o menciona. Lá para baixo, um deles. 

 

Almada Negreiros - "Marcha Nocturna"

 

Santo António

 

“Nasci exactamente no teu dia —

Treze de Junho, quente de alegria,

Citadino, bucólico e humano,

Onde até esses cravos de papel

Que têm uma bandeira em pé quebrado

Sabem rir...

Santo dia profano

Cuja luz sabe a mel

Sobre o chão de bom vinho derramado!

Santo António, és portanto

O meu santo,

Se bem que nunca me pegasses

Teu franciscano sentir,

Católico, apostólico e romano. (...)

 

Texto integral aqui.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:21
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Olá. Posso falar consigo sobre a sua tia Irmã Mar...
Olá Tudo bem?Faço votos JS
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Olá!Como vai?Já passaram uns meses... sem saber de...
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