Sexta-feira, 22 de Junho de 2012

DEMOCRACIA DA NOVA PIDE/DGS

Autor que não foi possível identificar

 

“Estamos todos entregues ao Estado com a Democracia da nova PIDE/DGS

Diz o Estado: _ Ao cidadão sério, honesto e trabalhador* pautando a sua conduta pelos ditames da honra e da virtude, não deve ser dada nenhuma veleidade, aventura ou laivos de liberdade pelo que a actual Pide/DGS, baluarte da legalidade democrática, determina:

*Os dois milhões que ainda têm esse privilégio.

1- deve o cidadão comum ser espoliado, lascado, delapidado, extorquido de todo e qualquer pecúlio, ganho, proveito, juros, ordenado, salário, vencimento, mais-valia ou bens, que mensalmente ou no decurso da sua vida tenha conseguido amealhar ou vencer, através de honestos e sacrificados esforços.

2- para tal, existe o Estado. Com o dedo mais comprido do que a Al Queda e sob a capa da popular, benemérita e filantrópica farsa da democracia, deve impor ao cidadão, aguentar uma carga fiscal que torne umas férias nas Caraíbas um sonho pós-morte.

3- impõe-se por isso assegurar com mão férrea que os cidadãos não tenham ideias subversivas e terroristas ou pior ainda, possam sentir que somos todos iguais pois isso só mesmo aos olhos de Deus ou em campanhas pré-eleitorais.

4- para tal, ficam os legisladores, oligarcas e autarcas autorizados a usarem o dicionário e a imaginação para criar neologismos ou eufemismos que legitimem e oficializem todos os roubos.


Assim, aplica-se ao cidadão: aluguer de contadores, autos de contraordenações, certidões, coimas, coleta municipal, comissão de gasolineiros, condenações, contribuição audiovisual (até aos cemitérios), derrama, direitos alfandegários, emolumentos, esmolas, extorsões diversas, franquias, gorjetas, IMI, imposto de selo, imposto especial consumo de eletricidade, imposto especial sobre o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e artigos de luxo; IRC, IRS, IUC, IVA, juros de mora, licenças, multas, municípios e suas taxas, penalidades, penas pesadas, parquímetros, petições de
instituições de solidariedade social, portagens, prémios de seguros, (calma… ainda só vamos na letra p) Rsu - resíduos sólidos urbanos fixas, resíduos
sólidos urbanos variáveis, retenções, sobretaxa (disto e daquilo), tarifa fixa e tarifa variável de saneamento, taxa de exploração DGEG, taxa de recursos hídricos (fixa e variável pois então!), taxa municipal de direitos de passagem (nas telecomunicações), termo fixo de gás, tributação na fonte.

Para confirmar que nada escapa à rede camaroeira da divina arte de bem sacar o próximo, o Estado laico republicano e democrático, criou e alimenta uma máquina bem oleada só igualada pelo melhor aspirador Ziemens capaz de sugar cotão do bolso mais vazio: ‘Administração Tributária e Aduaneira’, Altas autoridades, ASAE, Comissões, Detenção, Direções Gerais, Entidades Reguladoras, Empresas de Segurança, fiscais de estacionamento, fiscais de todas as instituições, GNR, guardas, mulheres à beira da estrada, oficiais de diligências, Observatórios, PJ, Policia Municipal, PSP, SEF, Serviço de informações estratégicas de defesa e Militares, SIAP, SIS, Sistema de informações da República Portuguesa, Tribunais, Cadeias e afins.

Para evitar qualquer veleidade ou resquício de liberdade individual, utilizam-se os métodos habituais de repressão: sistemas de áudio vigilância, letreiros e todo o tipo de sinalização visual, acústica ou documental perpetuando a bolorenta e de saudosa benfeitoria da burocracia de antanho:

Acareações, acessos vedados, autenticações notariais, apontes, bilhetes, cartões, compulsividade, extinção, demanda, inquirições, interpelações, indeferido, inibições, inquéritos, interdições, negados, pedidos, notificações, penalidades, petições de instituições de solidariedade social, proibições, obrigatoriedades, notificações, registos, requerimentos, reservado a sócios, reservado o direito de admissão, restrições, sinais de obrigatório, tickets, resguardos, defesas, proteções e áreas concessionadas e reservadas.


Como se vê, não foram preciso mais do que trinta e oitos anos de Democracia para confirmar as sapientíssimas práticas do ilustre homem que nos guiou à vitória sobre o comunismo e o ateísmo. Permitiu até, o advento de uma nova classe de incólumes Senhores que, por obras valorosas e impolutas, vão depauperando o erário público permanentemente reabastecido pelas bestas pagantes deste povo insurreto, ingrato e mal-educado a quem os êxitos da Seleção Nacional e o Rock in Rio parecem não bastar.”

 

Crónica de JGG

 

CAFÉ DA TARDE

 

publicado por Maria Brojo às 18:09
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