LA Hughes watercolor collage “To Die For” LA Hughes Pop painting “Go Forth…”
A pasta das finanças mudou de rosto e de mãos. É o costume: quando é chegada a condição de moribundo, ou se desligam as máquinas de suporte de vida, ou é tentado remédio novo ainda sem créditos firmados e que pode dar o golpe final no desgraçado. Para os crentes é altura de pedir conselhos à Senhora de Fátima como o patrão maior fez há tempo pouco.
Vem a propósito a letra da música “O Charlatão” a que o Sérgio Godinho deu voz.
“Numa ruela de má fama
faz negócio um charlatão
vende perfumes de lama
anéis de ouro a um tostão
enriquece o charlatão
No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f´rido
e outro em França anda perdido
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Na ruela de má fama
o charlatão vive à larga
chegam-lhe toda a semana
em camionetas de carga
rezas doces, paga amarga
No beco dos mal-fadados
os catraios passam fome
têm os dentes enterrados
no pão que ninguém mais come
os catraios passam fome
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-se em quatro zonas
instalados em poltronas
P´rá rua saem toupeiras
entra o frio nos buracos
dorme a gente nas soleiras
das casas feitas em cacos
em troca de alguns patacos
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Entre a rua e o país
vai o passo de um anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão (bis)
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra”
CAFÉ DA MANHÃ
No início, foi o conselho governamental para imigrar quem necessita emprego. Depois, momento maldito – no improviso perante os media, soem desastres do homem. Porque os portugueses são criativos e tendem para o anedotário, veio a figura esmoler.
Ter no Palácio de Belém dirigente grado sem estofo para improviso mediático com sensibilidade explícita para os concidadãos, tira-lhe o estatuto de 'Provedor do Povo' que devia cuidar.Tão pouco interessa o que queria dizer e não disse.
A brincar, são denunciados problemas sérios de muitos portugueses. Nem o espírito solidário supre o que devia ser direito de todos.
Pois se o poder reside nos cidadãos, é difícil entender escolhas por eles/nós feitas. Silêncios ainda menos.
Certo está o Rui Zink: _ "
Respondo: _ "E depois? Deixávamos a Senhora de Fátima sozinha?"
CAFÉ DA MANHÃ
Sem vídeos que condigam com o «espalho» do Presidente, duas imagens e uma frase de Ricardo Araújo Pereira nas "Conversas Improváveis: _ "Uma pessoa «morre» e vai para o Céu, um político morre e vai para CEO."
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros