Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

DA FRENTE PARA TRÁS

Shinichi Noda, Sorayama, Mel Ramos 


2011

Ao despojamento íntimo chegou a mulher actual. Na pele nada protege as margens que o rendilhado pequeno não cobre. Airosa sensação do nada que à própria tenta! Minimalistas por fora, mais complicadas que nunca por dentro. De tal modo elaboradas (baralhadas?) que 1/5 do bolo masculino lida mal com o desejo e a respectiva concretização. O Relatório sobre a Situação da População Mundial em 2011 constata que “Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do mundo, o que na prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos filhos.” Neste relatório, “as Nações Unidas admitem que «a falta de mão de obra ameaça bloquear as economias de alguns países industrializados». As baixas taxas de fecundidade significam menos pessoas a entrar no mercado de trabalho, numa tendência que põe em causa o crescimento económico e a viabilidade da segurança social. A ONU diz que em alguns países mais ricos, a falta de jovens «significa incerteza sobre quem vai cuidar dos idosos e sobre quem pagará os benefícios dos mais velhos».” Esta é uma perspectiva utilitária do homem e da mulher enquanto parideira sem atender às razões (texto publicado no SPNI a 24 de Outubro deste ano de 2011).

 

1991

À-vontade na sexualidade, prestígio do corpo, abordagem liberal das relações dos homens e das mulheres. Elas conquistando terreno social, eles surpresos com os avanços nos seus territórios tradicionais. Perdem nas universidades, na prestação de serviços diferenciados e no domínio familiar. Hesitam como prima-dona a quem a figurante ameaça roubar papel e protagonismo. Viram-se para a própria cas(c)a, aprendem a fruir de modo mais solto e gracioso dos afectos. Aventuram-se na ternura exposta. Chorar sim, se for esse o sentir.

 

1981

Elas tomam, maioritariamente, a iniciativa do divórcio, decidem quando, como e com quem geram filhos. Fazem amor e odeiam a guerra. Das flores nascera símbolo de paz, continuava o tempo de delírios comunitários induzidos por substâncias várias. O corpo tenta, seduz, arrebata, mas é contido por limites que a moral convencionada e os preceitos sociais injectaram como adição. A «roupa interior» diminui em tamanho, cobrindo, todavia, o suposto desdém pelo estabelecido. Lá por fora, houvera, década mais trio de anos antes, Woodstock num descarado 69; por cá, nos setenta e meio, a ilusão do «tasse bem».

 

Gil Elvgren, autor que não foi possível identificar

 

1951

Ousadas? Nunca, salvo as delambidas de intimidade descarada. Corpo impressivo, curvas exuberantes, cintura de vespa não isenta de similar do espartilho. Cinto de ligas, cintas, sutiãs inteiros, vestidos rodados e soquetes ou saias esticadas revelando desafiadoras nádegas. Para elas, as delambidas, aquelas que obliquavam o olhar aos maridos das «esposas modestas». Estas, aos trinta, pelo aspecto da «farda» eram velhas sensaboronas, passadas, mães de família com rolos na cabeça ou apressadas na rua com sacos de compras na mão. Ele saía pela manhã, ficando dela a retaguarda familiar. Pelo final da tarde, ele demiti-a da função no acto de meter a chave à porta. No dia seguinte, mais do mesmo. Pelo mundo, os fifties impavam no maravilhoso(?) mundo dos reactores nucleares.

 

Belle Époque

Espantoso período do avanço cultural e tecnológico europeu. Surge o telefone, o telégrafo, a primeira fábrica Ford e o primeiro dirigível de Santos-Dummont. Depois, a belle époque foi iluminada pela lâmpada eléctrica, pelos filósofos nietzschianos e pela sexualidade abordada por Freud. Conheceu a arte da imagem através do cinema, a arte do som através da rádio, a arte de fotografar através da fotografia colorida, a arte da pintura e da música através dos impressionistas. O espírito europeu estava elevado e com ele todos os sentidos que instigavam a produção cultural. À mulher é permitida a curiosidade e o acesso à formação intelectual superior. Tem espírito incendiado e corpo confinado a pouco mais que a procriação. A «roupa de baixo» é muita, grossa, grande e feita à mão.

 

Autor que não foi possível identificar

 

Intemporal

Arenga para comportamento antigo em tudo semelhante ao presente - dois seres humanos, o desejo, a união. Novo ser depois? Manda o acaso, a guerra e a paz, o bem estar económico, social e da família.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:44
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Sexta-feira, 3 de Junho de 2011

CINCO ERAM OS RATOS

Sorayama, Chris Beck

 

Se para mais do que os pensados voar é terror sem remédio, imaginemos o que sentem após divulgado que cinco ratos arranjaram abrigo num avião da Qantar, companhia australiana. Detectados pela tripulação pouco antes de admitidos os passageiros, foi constatado tratarem-se de filhotes o que indicia família a bordo. Olha se a filharada atrevida tinha sido discreta e dentes espevitados roíam cabos essenciais à segurança da aeronave!...  Aliás, a empresa atravessa maré de menos sorte por nos últimos tempos uma dezena de incidentes ter acontecido.

 

O medo de voar tem razões, como em tudo, diversas. A TAP promove cursos estruturados para os sofredores de tal pânico. Acompanhamento psicológico, experiências em simuladores, entrada em avião estacionado, respostas correctas às perguntas/inquietações. A missão termina com voo curto: Madrid destino comum. Parte substantiva dos passageiros sai curada. Amiga inscreveu-se no ‘curso’; entre os participantes, actriz portuguesa e conhecida obrigada a filmagens em múltiplos lugares do mundo. Surtiu o efeito pretendido na minha amiga, conquanto embarcar para o alto seja ainda a última das opções numa viagem.

 

Ora, a Teresa C. que adora aeroportos, não receia descolar da pista e na duração do trajecto apenas entope ouvidos, finos como antes ao baixar a altitude, pensa neste e noutros medos que tantos afligem. As consequências somáticas das emoções são banais. Há parcos dias, amigo nos quarenta, esforçado em treinos de horas num ginásio, no final do último saiu transportado pelo INEM e acamou no Hospital de Santa Marta. Razão: enfarte. Sobreviveu e aprendeu a conhecer o psiquismo que determina reacções do corpo. Julgava recuperar sem danos, pragmático como só ele, de um desgosto profundo. Mas não. Fugiu o sono recuperador, escolhia isolamento, abusou dos cafés e do tabaco, pedir ajuda nem pensar “porque sou forte e em par de semanas estou intacto”. Os excessos no ginásio eram alienação/remédio – extremando os músculos, anestesiava a psique.

 

Concluo: engana-se quem julga as mulheres mais atreitas a lidar mal com desgostos - a sensibilidade não tem género -, ignorar sinais desestabilizadores é ruína da pessoa. Avancemos então no autoconhecimento, estejamos atentos às nossas fragilidades e não sobrevalorizemos forças imaginadas.

 

Strangers on a plane

 

Each person/painting is an individual.

Each has his/her own identity.

For the most part,

        they have very little in common.

Yet, they all are going in the same direction.

 

They all got ON in the same place, and

       they and are going TO the same place.

Some may continue on their journey.

Some may come home.

 

Yet for a short period of time,

       they are all

       Strangers on a plane.

 

Autor desconhecido

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:51
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Terça-feira, 3 de Maio de 2011

DOS ESPANHÓIS, BONS VENTOS

 

Sorayama

 

A partir de sete de Março, limite máximo de velocidade em auto-estradas espanholas: 110 Km.h-1. Nas localidades, a velocidade limite admitida é de 30 Km.h-1. Poupança de 15% em gasolina, de 11% em gasóleo. Com ela, Madrid subsidiará redução no preço dos transportes públicos.  Economia para os cidadãos e para o país; previsível redução do número de acidentes rodoviários.

  

Nós, que temos mordendo calcanhares colectivos o FMI e ajudantes, pelas excessivas vítimas bem precisamos de repensar doudices nas estradas e gastos em barris da mistura negra, ouro nas sociedades de hoje. Não recuso já exceder a minha paciência rodar a cinquenta por ‘estradas de lá vem um’ por não descolarem as moradias à beira – freguesias esticadas ao longo do alcatrão num ror de milhares de metros que mais parece dele não haver fim. Piores os semáforos atentos que interpõem encarnado em percursos descampados por leve pressão no acelerador. «Uma seca» o percurso, segurança melhorada que não admite dúvida.

 

A carestia do petróleo e seus derivados que injectados nos automóveis os fazem mover já tem efeitos visíveis – o Eixo Norte/Sul, nas clássicas horas de ponta, aparenta caminho vazio com destino no ‘pomar de Jesus’. Ao preço escandaloso do combustível por litro, as famílias repensam atitudes: evitam viatura própria, optam por transportes públicos, diminuem gastos, estafas e, de caminho, beneficiam o planeta. Pena foi ter se sobrevir penúria para racionalizar pecúlio, a Terra como maior.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

Não resisto a mais esta bica/cimbalino por 'dica' do Cão do Nilo.

 

 

publicado por Maria Brojo às 06:17
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Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010

DE CÓCORAS, "TAKE FIVE"

Sorayama

 

Gesto comum que a fisiologia determina: recorrer à casa de banho mais próxima quando fora do bem-bom doméstico. Um sorriso, um pedido ao funcionário de balcão da cafetaria no jardim percorrido e fica solucionado o problema. Ao despacho, somada a graça decorativa do interior e do símbolo à entrada. A cadeira e a girafa mereceram registo. Tão fácil aqui e em boa parte dos países! Porém, aproximadamente 40% da população mundial desconhece o benefício do saneamento básico e abastecimento de água. Número impressivo: 2,6, milhões vivem nestas condições, predominantemente em zonas rurais. Esmiuçando o total, 7 em cada 10 pessoas não usufruem de saneamento e 8 em cada 10 não têm acesso a fontes de água potável.

 

Defecar a céu aberto continua a ser prática comum no Sul da Ásia por 44% dos habitantes - na Índia, em qualquer lugar, é usual humano de cócoras enquanto fala por via de telemóvel sofisticado. Consequências: contaminação da água, doenças infantis que matam, anualmente, milhão e meio de crianças até aos cinco anos. As mulheres pertencem ao grupo mais vulnerável ou não recaísse sobre elas a tarefa de carregar água para consumo familiar. Por outro lado, necessitando cada pessoa para uma vida digna de mínimo de 40 l de água por cada vinte e quatro horas, convém repensar cada pequeno gesto/desperdício deste tesouro escasso. Li: _ “A Onu alertou que a água e o seu controle foram e serão motivo de crises e de guerras em tempos próximos. Enquanto a humanidade, o superpovoamento e a indústria requerem, cada vez mais, uma maior demanda desse elemento, temos, de outro lado, uma diminuição de água potável, o que provocaria nos países mais ricos, à vontade de dominar as fontes de água potável até pela conquista armada.”

 

A UNICEF, a OMS, desta a agência que desenvolve o projecto Make it Possible desenvolvem a Campanha Objectivo 2015. Pretende inspirar cidadãos e organizações para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). São oito: pobreza e fome, ensino primário universal, igualdade de género, mortalidade infantil, saúde materna, doenças graves, sustentabilidade ambiental, parceria global. Em Portugal a motivação está em curso, particularmente entre os jovens.

 

O Dia Mundial de Cócoras a que, este ano, não aderimos, recomenda que, a hora determinada, as gentes circulando nas ruas se agachem e pelo simbolismo do acto lembrem problema de milhões. 

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

 

publicado por Maria Brojo às 09:23
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Quarta-feira, 3 de Novembro de 2010

LINCHAMENTO/'LIXAMENTO'

 

Barbara Philips, Sorayama, autor que não foi possível identificar

 

Gosto péssimo aquele de armadilhar, explosivamente, cartas. O carteiro já não toca duas vezes, as novas que entrega encobrem publicidade ou facturas ou comprovativos do pagamento das mesmas. Cartas de amor rareiam – e-mails e sms e telefone fazem, sem fazer, as vezes. Quando o motorizado pelos CTT chega, adeus alvoroço, olá coração na corda bamba. Até agora.

 

De há anos conhecida, quem diria retomada a moda das bombas encartadas?!... Na Grécia, consulados e embaixadas miram e remiram o correio, aceitando com cautela e caldos de galinha apenas o diplomático. Pepineira que após ataques infrutuosos a conhecidas representações, também, por medo, esvaziou de gentes solo português num apartamento de Atenas. ‘Foi-se a ver’ e não era nada. Ainda bem. Regressaram às secretárias os secretários, e dealbando em casa houveram extraordinário para contar. Dia cheio.

 

Não se me dava armadilhar, com esmero, correspondência. Endereços constantes de lista pequena – a selectividade prova e aguça engenho. Química tenho, a par de meios bastantes e reagentes em dose suficiente. Fiquem os destinatários descansados pela omissão do indispensável: _ tempo. Mas rói a vontade de ver em chamas papelada sem pensamentos, a ponta da gravata, quiçá!, dos fardados para o linchamento/’lixamento’ público. Mas que não se dêem ao trabalho de enfiar equipamento defensivo e de ataque às polícias especializadas em minas e armadilhas, GOEs ou similares. Aberta a carta, pó de talco – do genuíno – cobriria de alvura figuras, figurinhas e ‘ões‘ que, há muito, solicitam ao Altíssimo branqueamento.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:07
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Segunda-feira, 4 de Outubro de 2010

VAI UMA FUMAÇA?

Sorayama

 

A culpa da entrada do tabacum na Europa nem pertence ao cavalheiro Jean Nicot que escolheu Portugal para viver. O senhor limitou-se a enviar à sua rainha, Catarina de Médicis, folhas de uma planta que, bem fumada, podiam curar as enxaquecas das quais dolorosamente padecia. A corte de médicos que a rodeava desistira de encontrar remédio para a real maleita. Línguas viperinas afirmam que as enxaquecas se Sua Majestade continuaram, mas que jamais desistiu de inalar o fumo da planta. Visto o facto ou lenda à distância, melhor teria feito em generalizar o uso da tanga indígena dos povos da América Latina onde as folhas cresciam. A história afirma ter sido o corsário inglês Sir Francis Drake a trazê-las para Inglaterra - ao tempo, ladrões atingiam o grau de Sir; então, como agora, logram ser administradores públicos, ministros, deputados, empresários de renome. Indesejável atavismo!

 

O Senhor Jean Nicot acabaria por dar nome científico de baptismo à miraculosa planta que anestesiava assim, assim, e conferia prazer às fumaças: de Nicotiana passou ao descaro de Nicotina. Para sempre o desgraçado embaixador teve o seu nome associado a veneno lento. Ignoro se o homem era pecador convicto e a herança foi castigo de homens inspirados por diabo à espreita.

 

Como é comum nos recuos históricos, consta que Trinidad Tobagum foi nome imposto a uma das terras achadas por Colombo por os nativos aspirarem o fumo através de instrumento chamado tabacum proveniente do Haiti. De modo parecido, o Caribe é Caribe por ter forma de cachimbo.

 

Depois do charuto, em 1840, surgiu o cigarro já afastado o seu consumo de qualquer finalidade terapêutica e meramente associado ao prazer. A Primeira Guerra Mundial proporcionou  uso e abuso da nicotina e os primeiros registos dos seus malefícios. Entre mortos, feridos, destruição e canhões predadores, iniciado percurso científico que tornou indesejáveis cigarros, cigarrilhas e afins. Na desgraça, ao menos uma herança boa.

 

Todavia, teimo: o prestimoso cavalheiro Nicot não merecia ser padrinho forçado da prazenteira substância assassina.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 12:14
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Sábado, 14 de Agosto de 2010

QUENTE, CALDO, CALDISSIMO

Sorayama e autor que não foi possível identificar

 

Primeiro, ficam de molho em água quente. Ela aproveita o vagar e tira do esterilizador instrumentos retorcidos. O paciente aguenta o escaldão até poder. Ultrapassado o admissível, reclama, constrangido, não seja tido por novato na andança, ou, pior, niquento e piegas. Ela mergulha a mão. Invariavelmente, diz:

 

_ Está boa, mas se incomoda…

 

Afoitos na opinião alheia ou temerosos ou sensíveis a quenturas, confirmam que sim, que está calda. Contrariada, ela acrescenta água fria. Num sorriso de ‘apanha-cliente’, pergunta:

 

_ Está melhor?

 

Genuinamente aliviado, esboço de reconhecimento por ter sido atendida a prece. Para que se cale durando o sacrifício, põem-lhe no colo revistas de bonecos. Requentadas. No entretém da espera, melhor desfolhá-las que olhar o alinhamento dos metais de tortura.

Ela toma posição. Calça luvas e retira um do molho. Analisa-o, sobrolho franzido. Mergulha-o.

 

_ Outro!

 

Repete a investigação e coloca-o onde saiu. Na panóplia, escolhe o utensílio preciso. Inicia o procedimento, enquanto o dono dos apêndices inspira fundo e antevê o seguinte. Apertando as dores, torce-se e solta gemido ou grito ou uivo. Ela, angelical e atenta:

 

_ Magoei? Tem de ser.

 

E avança explicações que lhe desculpem o dano e caiam, directas, na má conformação do infeliz. Para dentro, ele conta quantos faltam. Volta o silêncio se a perita não for dada a tagarelices/tolices. Revistas de lado, ele poupa os olhos para os detalhes da tortura. Ido o pior, suspira. Os cremosos afagos finais tentam apagar memórias recentes e vívidas. Paga. Já fora:

 

_ Safa! Vai demorar até os veres. Olha se tinha calos! Pois se existem peixes-pedicure que cuidam dos pés mansamente, antes cócegas dos aquáticos «papa-peles» mortas! Na próxima, estabelecimento com tanque e Garra Rufa dentro. Abençoado Oriente que «franchisou» moda nova e antiga!

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:42
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Segunda-feira, 15 de Março de 2010

ENTRE A MARALHA E A CAMBADA, OS (I)LUSTRES


Sorayama


Conforto no sobre a pele e calçado. Abdómen tenso, ombros bem colocados, caminhada de alguns quilómetros numa das mais belas e recentes manchas verdes da 'Grande Alface'. Água em cascatas e lagos. Papiros nas margens. Saltitar de laje em laje. Depois, retomar a cadência do passo e da respiração. Olhar deslumbrado pelo sol. Que se danem congressistas confinados! Começava eu, acabavam eles. Os (i)lustres, quais pendericalhos, suspensos dos tectos onde se julgam. Já mereciam, «tadinhos»! Em Mafra, espiolhados pelas comunicações sociais.

 

Gostei do Marques Mendes. Empolgado, foi directo e veemente. Recebeu aplausos devidos ao ex-líder e à intervenção. O resto foi clássico de futebol. E nem interessa se entre dragões e mouros ou mouros entre eles. Detalhes (des)casados: quem teve maior bater de palmas, quem alienou ou convenceu. Comentadores com (re)nome, ansiando ganhar o «seu», foram tempo de antenas e soma à mediatização. Alguns botaram discursos «acadelados» pelos interesses anteriores e posteriores. Maralha que diverte os portugueses sem dela entenderem o insulto:
_ Não existindo, como o «povão» analisaria, criticamente, o testemunhado?
Mas, à mesma, analisava e criticava e pensava:
_ Que cambada!

 

Não acontecesse estar o país necessitado de oposição adulta e responsável, mais Mafra, menos Mafra seria indiferente. Espantam-me os pacientes que ficaram noite dentro com olho assestado na portagem para, frase puída, “melhor Portugal”. Tanto espalhafato para acabarem rolhados!

 

Em vez de catarem líderes, melhor fora catarem sofás em hotéis de luxo. Desde pins a ouros, muito é possível encontrar. Basta penetrar entre bordas macias. Prazer risonho durante e depois. 

 

CAFÉ DA MANHÃ
 

 

publicado por Maria Brojo às 06:32
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