Harry Baerg, Stan Ekman
Porque não sintetizaria melhor, transcrevo: _ “Presidente falou. Fala, dizendo que outrora falou. E promete que falará. Confirma-se que, na prática, a teoria é outra.” Este pensar li chegado por Mário de Carvalho. Alvo com seta bem no centro. Só incautos crêem ser novo o dizer. O Presidente fala, partidos aplaudem ou não conforme a frequência em que se situam no arco-íris politiqueiro. Comentadores deste ‘nada de novo’ esmeram-se em extrair ilações omissas no discurso. Especulam com denodo porque a avença dá arranjo e não sendo criativos e doutorais lá se vai o pré que neste 2012 tanto arranjo dá para compensar o rol de aumentos sujos. Sacrifícios de todos, necessários garantem os palradores com nome ou cargo que os colocam acima da importância e pobreza dos demais.
Gostaria de os ver debitando, Presidente incluído, discurso semelhante no meu bairro, face a face com os moradores que saem do supermercado ou têm por obrigação comprar calculadora gráfica para a Matemática e Física e Química dos filhos neste segundo período – se contam com as supostamente disponíveis nas escolas, tirem daí o sentido pelas pilhas gastas que não as deixam «reflectir». E quem diz calculadoras e superes diz bens indispensáveis ao estar saudável pelo comido e pelos serviços. Electricidade por exemplo (mais haveria a apontar). Nem é precisa a meteorologia para adivinhar Inverno gelado – quem se atreve a ligar radiadores sabendo como alternativa fome ou frio? Em poleiro, modesto é certo, está quem ainda pode aceder à rede/net, substituir bife do lombinho por frango ou peru. Cerca estará o dia em que mil maneiras de cozinhar 'pipis' serão «bíblia de enche-barriga».
CAFÉ DA MANHÃ
Resolver a pobreza extrema. (Re)pensar os sem-abrigo. Penalizar como “crime contra a humanidade” a riqueza escandalosa. Valorizar a partilha - prazer mais do que obrigação sem que, pela dádiva, inche o umbigo individual. Dar cana e ensinar a captura dos peixes. Ler a miséria extrema advinda do analfabetismo social como herança perpetuada nas gerações.
Nos primórdios do Subsídio de Reinserção, foi produzido algum bom trabalho de casa e no terreno. Visitas regulares dos especialistas aos beneficiários do subsídio promoveram hábitos saudáveis nas relações familiares e na postura social. Crianças foram melhor alimentadas, incentivadas a melhorar o desempenho na escola; pais optaram por caminhos atentos às condições reais. Saiu valorizado o espírito de família. Da comunicação. Da sensatez.
As actuais condições deste extremo da Europa fronteiro ao Atlântico há muito não justificam tamanha mancha de pobreza extrema. Todos somos co-responsáveis. Neste «particular», a acção governativa tem sido ineficaz, apesar de intervenções pontuais. Sementes largadas não cresceram – a modorra recolheu-as e a miséria de espírito ganhou. Outras ergueram árvores com frutos bons. Acredito na possibilidade de ser feito mais e melhor. Tem de existir – pousar nos maus-costumes é descaminho que a Portugal e ao mundo não convém.
CAFÉ DA MANHÃ
Importa aceder aqui. O Jorge surpreende e bem!
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