A fragilidade que a imagem sugere não confere com a realidade. O hotel Embora Bivacco Gervasutti está a 9300 pés acima do nível do mar, mas foi projetado para resistir à acumulação de neve e a avalanches. A viagem de elevador para lá chegar demora quatro horas.
O hotel 727 Fuselage fica na Costa Rica. Os donos resgataram o aparelho enferrujado e deram-lhe uma nova vida.
O Sheraton Huzhou Hot Spring Resort é um resort recém-inaugurado na China, composto por três edifícios, dois dos quais curvam para formar um arco com 27 andares.
O Treehotel na Suécia é um projeto assente na sustentabilidade. Apesar de a vila mais próxima ter apenas 600 habitantes não existe monotonia porque o leque de atividades é vasto.
Tom e Rosey Chudleigh são os autores da ideia que deu origem ao Free Spirit Spheres, um hotel composto por 3 esferas que se integram no meio envolvente de forma natural criando a sensação de unidade.
Whitepod fica na Suíça a 1400 pés acima do nível do mar.
Palms Hotel, Las Vegas. Se é fã da Barbie, esta suíte é um sonho. Remete para o mundo da famosa boneca e aqui sentir-se-á a própria.
O quarto "Tankstelle" é uma viagem a uma bomba de gasolina. Fica em Estugarda no hotel V8.
CAFÉ DA MANHÃ
O panorama de uma aldeia na Sérvia Os telhados verdes das casas nas Ilhas Faroé.
Vibrantes ou de uma só cor, aldeias que parecem paisagens ficcionadas.
Casas onde moram freiras, no Tibete Aldeia na ilha Kastellorizo, Grécia
Esta é uma pequena "volta ao mundo”.
Pequena aldeia no Monte Fuji, no Japão Em Riomaggiore, Itália, são as cores vibrantes que sobressaem
Imagens únicas. Exemplos perfeitos de locais apetecíveis.
Dizem ser a aldeia mais bonita da Noruega, Reine Esta fica nos Alpes, em Grindelwald, Suíça
De dia ou de noite. Iluminadas pelo sol ou pelas cores das fachadas nas paredes.
A aldeia Abi Barak, no Afeganistão A aldeia Igloo, na Alemanha
No meio do nada ou no meio de tudo.
Na costa escocesa, Pennan, Scotland Visão noturna da aldeia Myggedalenillage, na Gronelândia
Aldeias "locais/postais" que vale a pena espreitar.
Nota – Esta é a fonte das imagens e do texto.
CAFÉ DA MANHÃ
Ponte do Diabo de Mizarela, Portugal
Sei que as pontes são obras de engenharia complicadas de desenhar e construir. Em idos remotos, sendo muitas as dificuldades, as populações recorriam às forças do oculto para, julgavam no obscurantismo reinante, as ajudarem a erguer a obra. Disto, contam as lendas. Por toda a Europa há "pontes do diabo" desde Gales, no Reino Unido, à Bulgária, a França, à Itália, às montanhas da Suíça, a Espanha e até em Portugal. Todas com alguns séculos em cima e com lendas que perduram. Por cá, o demónio também ajudou a construir algumas pontes sendo a mais emblemática a de Mizarela. Foi erguida na Idade Média e reconstruída no início do século XIX. Mizarela é sita a 13 km da sede do concelho, no vale do Caldeirão, Parque Natural da Serra da Estrela, na margem esquerda do rio Mondego.
“Nos anos 80, aquando da construção da Casa do Povo, foi imortalizada num painel de azulejos colocado na fachada desse edifício a lenda que explica a razão pela qual Mizarela ou Misarela é conhecida como a Aldeia do Melro. Conta a história que um agricultor andava pelos campos, de roda das cerdeiras, zelando pelas cerejas que estavam a amadurecer e, como tal, apresentavam uma cor amarelada quando vê fugir um melro do meio de uma das árvores. Tendo o dito pássaro o bico amarelo, contava ele que tal fosse uma cereja e desatou a correr atrás dele empunhando uma espada de cortiça. Quando o pássaro parou em cima de um barroco de granito o agricultor não pensou duas vezes e atirou a espada com o intuito de acertar no melro. Consta que a pontaria não foi a melhor mas que, tal a fúria e determinação das gentes da terra, ao que parece o dito barroco abriu-se com o impacto tendo a espada de cortiça ficado cravada nele. Alguns populares acrescentam que o dito agricultor correu atrás do melro bons quilómetros, até ao sítio do Apeadeiro de Sobral da Serra. Outras fontes mais pictóricas afirmam que o melro levava realmente uma cereja no bico e que, para fugir da espada, a deixou cair e esta se foi enfiar na brecha recém-aberta no barroco e que daí rebentou uma cerdeira.”
Segundo outra lenda, um criminoso fugido da justiça viu-se encurralado e desesperado ao chegar aos penhascos sobranceiros do rio. Talvez pelo peso da consciência, o criminoso invocou o nome do mafarrico que de imediato apareceu. Disse o diabo: _ "Ajudo-te a passar mas em troca dás-me a tua alma". Em ato de desespero, o que importava era salvar o corpo em vez de ser capturado e enfrentar a justiça o criminoso assentiu. Num ápice, o diabo fez aparecer a ponte, o foragido passou para a outra margem deixando as autoridades perante obstáculo intransponível, pois a ponte já se tinha esfumado. A estória não se ficou por aqui. Passados tempos, o pobre homem sem alma viria a arrepender-se do pacto que tinha feito e foi contar o sucedido a um padre. Disse o padre: _ "Pecado, terrível pecado! Vais outra vez ao mesmo sítio e voltas a chamar o Diabo, pedindo ajuda para a travessia do rio. Deixa o resto comigo." Assim foi. Já no local, o desgraçado volta a chamar o chifrudo que logo apareceu e concede-lhe o desejo: a ponte surgiu. A meio da travessia, o homem parou, o padre escondido apareceu com água benta e aspergiu-a. O diabo esfumou-se no ar, deixando odor intenso a enxofre. O diabo tinha sido enganado. O homem recuperou a alma, a ponte ficou benzida e permanece.
Da ponte da Mizarela advém ainda mais uma lenda - “Quando uma mulher não levava a bom termo a gravidez ou pelo simples medo de perder o primeiro filho ainda na gestação, devia pernoitar na ponte até ao alvorecer, impedindo que algum ser vivo por ali passasse. De manhã, esperaria pela primeira pessoa que aparecesse, pedindo-lhe que com uma corda comprida presa a um recipiente apanhasse água com a serventia de benzer o filho ainda na barriga e ser o padrinho ou madrinha da criança. Rezavam um Pai Nosso e uma Avé Maria. "Se for rapaz chamar-se-á Gervaz, se rapariga, Senhorinha." Feito o pré-batismo, a mulher tinha sucesso na gravidez.”
Fontes – TSF e Wiki.
CAFÉ DA MANHÃ
Tem trinta e quatro anos, baptizada Célia, é filha duma irmã. Foi engendrada em silêncio incestuoso no quarto dos irmãos, ao lado daquele onde dormia a mulher do pai. Família pobre entre os mais pobres. Cresceu em ambiente de rancor e ódios, excepto no seio dos irmãos/tios. Todos iam à lenha para alimentar o fogo donde magras refeições eram distribuídas, amanhavam leiras que gente boa e condoída lhes dava para cultivo delas provindo a fatia maior do sustento. Roupas, o mesmo. Recebendo pintos ou coelhos, era feita criação; a seu tempo, presenteavam os benfeitores – haviam aprendido, sabe Deus como, o sentido da palavra gratidão.
Infância e adolescência cruel para meninos tão meninos como todos. Gostavam da escola que lhes abrandava os carregos, sentiam-se iguais aos colegas nas horas ocupadas com livros e cadernos e lápis. Chegados a casa, a faina costumada. Como brinquedos sobras de outras crianças, aqueles que construíam, os animais do campo, os segredos das matas próximas. À medida dos anos e da força, trocavam escola por ofício que acrescentasse pecúlio à família. Os mais afoitos emigraram. Foi o caso da Célia, não sem que antes, tinha dezasseis anos, parisse filho do que viria a ser marido. Na Suíça, viu luz o segundo, fisionomia copiada da mãe. Porque o álcool desatinava o seu homem, os maus-tratos fizeram dela fugitiva com uma criança ao colo e outra pela mão. Instituições facilitaram-lhe o regresso. Par de anos depois, engravida de um namorado. O pai avisou-a:
_ Sendo menina não a quero em casa.
E foi. Que remédio outro senão procurar sítio onde vivesse com os três filhos? Uma vizinha tinha casebre desocupado. Ofereceu-lho. Aceitou. Fardos de palha serviam de cama, piolhos atormentavam-na e às crianças. Perante a realidade, foi-lhe proposto dar a pequerrucha para adopção. Consolou-a fantasiar a menina com um viver melhor que o dela.
_ Sei onde a minha filha está e vejo-a, às escondidas, quando as saudades apertam.
Tempo de alcoolismo, do alheamento da realidade, da cura deliberada através da ajuda que pediu.
_ Não estou curada. Serei alcoólica toda a vida. Mas, sempre que a tentação chega, penso em mim, na minha família e ultrapasso-a. Continuo as reuniões que sinto ajudarem-me.
Ontem, seguiu para a Guarda a caminho de mais uma. O actual companheiro, homem trabalhador que a ama, acompanhá-la-ia até ao autocarro. Seis e meia do amanhecer, pequeno-almoço no tabuleiro pousado na mesa do terraço, assento no cadeirão de verga, lusco-fusco na montanha em frente, candeeiro público aceso, senti os passos da Célia. Por nesga da sebe, vislumbrou-me.
_ Bom dia minha senhora!
_ Que ida e volta corram bem, minha querida!
“Querida” sentido pela admiração e coragem desta jovem mulher.
CAFÉ DA MANHÃ
- Renovo gratidão ao Justo por estas lembranças boas de idos do SPNI. Muito obrigada.
- Em breve, retomarei a intervenção nos comentários. De momento, escasseia disponibilidade.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros