Ted Williams, Carmela Alvarado
Como afirmou Ted Williams, a rádio é o “Teatro das Mentes”. Através dela, envolvemo-nos com a musicalidade das vozes, com a harmonia das palavras, captamos a sensualidade da fala. Inventamos um cenário, uma imagem para quem não conhecemos. Reinventamos o que é dito, orquestramos as subtilezas do modo como foi dito. Pela capacidade de somar partes de um todo e da soma construir mais do que o total, este é organizado com um sentido característico do indivíduo que percepciona. Conscientes desta realidade, os meios de comunicação, a publicidade, diligenciam eficaz pregnância – segundo Prägnanz, "capacidade de perceber e reconhecer formas". Na rádio, sem a bengala da imagem, o fascínio de uma voz acontece – no meu caso, a do Fernando Alves nos Sinais. Analisando esta percepção, concluo aliar fala a conteúdo e que uma sem o outro tem resultado diferente na minha sensibilidade.
Voltando a Ted Williams. Sem-abrigo durante ror de tempo, a história da queda e ressurreição de um homem anda pelo mundo graças à voz/dom que possui e captada num vídeo do You Tube. Sugiro ouvi-lo. Percepcionar as magníficas fragâncias desta voz que andou perdida. Somente depois, visioná-lo.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros