Autor que não foi possível identificar e Sally Davies
É notícia o número redondo que consubstancia a filiação deste canto/limite atlântico na Europa Unida. Mãe rica aos olhos portugueses da época tornava apetecível a adoção. Os eurocéticos existiam mas submeteram-se aos milhões entrados no Estado. Nove milhões de euros por dia alegraram a vida lusa entre 1986 e 2011. A saúde, a educação, cursos destinados a elevar as habilitações dum povo beneficiaram dos euros injetados pela mãe adotiva. Ao todo, construídas ligações rodoviárias que bem podiam unir Lisboa a Nova Deli. É obra!
A atávica falha de Portugal em governantes lúcidos e com visão que mais longe enxergasse do que a «partidarice» e o poder conferido a qualquer custo do interesse público nas eleições traiu o desenvolvimento sustentado de Portugal. Dum modo ou doutro, muitos figurões se aboletaram com o maná caído dos céus europeus. Ao cidadão honesto foi instilado pelos bancos e seus derivados o pensar que o saudável hábito da poupança não trazia felicidade que se visse no bem-estar imediato. “Chapa ganha, chapa gasta”, novo lema. Inúmeras gentes caíram na esparrela, encheram com os juros das dívidas contraídas as bocarras arreganhadas das instituições bancárias. E chegámos ao que chegámos: pobretanas ou miseráveis intervalados por emergentes que, à sorrelfa, mamaram parte substantiva do leite da mãe Europa. Na maioria, sem punição.
Um Estado “sem rei nem roque” foi e é Portugal.
Nota: para mais saber do relatório “25 Anos de Portugal Europeu”, ligação ao DN de hoje.
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