Anne Pevec, Pal Fried, autor que não foi possível identificar
As raízes eram sólidas. Antigas. Bem alimentadas na fundura do solo – provavam-no folhas novas que despontavam. Pelos anos ou pelos ventos ou por ambos, fora-se o porte erecto. Inclinada para lá do aceitável, prometia sucumbir à gravidade por não atinar com o centro da força apontada para a base de sustentação. Escudos protectores foram discutidos e adiados. E a palmeira caiu. E o tronco pesado matou e feriu. Ter interrompido festa foi dos males o menor.
Em causa, mais do mesmo português – tomara que não caia, que não advenha tragédia antes de chegar o tempo da prevenção. Adiado. Consciência pesada do autarca presidente, de imediato, atira prece aos céus:
_ Tanto para decidir impede ser culpabilizado por incúria. Juro que daquele lugar faço coisa nunca vista e p’ra melhor. Amanhã, nem mais um dia, mando fotografar o local, não se armem em fortes as palmeiras companheiras. Que maçada! Que azar! Que não me imputem fiasco. Que, à custa dele, não me impeçam reeleição.
Mas abarrotam com rezas semelhantes os canais celestes que à Virgem conduzem. 'Não te fies na Virgem e corre’ devia a Senhora bradar nos céus até ser ouvido em Portugal. Porque uma de duas: ou a força da gravidade tem, por cá, maior intensidade, ou em vez de correr, rastejamos.
LUTO
Autor que não foi possível identificar
Estamos de luto com o horror das muitas mortes e feridos graves nas estradas A25 e de Salamanca, em Porto Santo. A Teresa C. está solidária com os familiares dos que partiram e dos que, sofrendo, lutam por continuar a vida.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros