João Paulo II Bento XVI
Hoje, segundo dia do conclave para eleição do novo Papa, os cardeais continuam a dieta espartana iniciada ontem e a manter enquanto durar a reunião cardinalícia. As freiras da Casa de Santa Marta servem aos cardeais “refeições à base de sopa, esparguete, pequenas espetadas e legumes cozidos”. Por satisfazer o gosto pela rica gastronomia romana de que fruíram nos dias anteriores ao conclave. Terá dito o cardeal canadiano Thomas Christopher Collins ao entrar no restaurante Venerina, perto do Vaticano, dois dias antes do início da reunião: _ “Faça-me uma boa refeição, porque, se depois do terceiro dia de conclave não tivermos escolhido o papa, vão pôr-nos a pão e água”. O Corriere della Sera concluiu: “Talvez este regime, mais parecido com comida de hospital, possa acelerar a escolha.”
A dar crédito à influência da minguada satisfação do palato, fumo branco poderá surgir hoje substituindo o negro de ontem - resultado da queima dos boletins dos votantes mais produto químico. “Se um candidato obtiver 77 votos (dois terços) serão queimados unicamente os boletins, produzindo um fumo branco, que anuncia a eleição e o grande sino da basílica de São Pedro tocará a repique.”
Em Fátima, os negociantes de artigos religiosos afirmam que o Papa Bento XVI nunca foi bom negócio. Culminou o desastre com a resignação que recambiou para os armazéns produtos a ele alusivos. Ao invés, João Paulo II ainda bate os recordes de vendas que a beatificação incrementou.
Não é bonito o sentimento de pena inspirado pela sisudez e sapiência rígida de Bento XVI. Nem após a digna resignação uniu os católicos. Além de manifestações de discordância, a presença do cardeal Mahony de Los Angeles no conclave escandaliza por ter encoberto inúmeros casos de pedofilia levados a cabo por um sacerdote. O caso envolve acordo judicial por dez milhões de dólares. Mas ele lá está, como se impoluto fosse, na Capela Sistina de onde saem fumos.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros