Michele del Campo
"Nos anos 90, foi desenvolvida uma teoria antropológica batizada como "Número de Dunbar". Estabelece que o tamanho do neocortex humano - a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem - limita a capacidade de administrar círculos sociais até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo. Foi baseada na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades - de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório contemporâneos. Segundo Dunbar, a definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra se preocupa e com quem mantém contato pelo menos uma vez por ano. Ao questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho dos círculos sociais, percebeu que não.
_ "É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando olhado o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos no mundo real" (…) As pessoas orgulham-se de ter centenas de amigos, mas a verdade é que os seus círculos são iguais aos dos outros."
Foram analisadas trezentas mil pessoas de todos os continentes. "O efeito não é isolado em adultos mais velhos. Os relacionamentos fornecem um nível de proteção a todas as idades", afirmou Timothy Smith, outro pesquisador que participou do estudo. Smith alerta que a tecnologia pode levar algumas pessoas a pensarem que redes sociais face a face já não são necessárias. "Como humanos, encaramos os relacionamentos como algo garantido, somos como peixes que não notam a água. A interação constante não é apenas um benefício psicológico, mas influencia diretamente a nossa saúde física."
Uma pesquisa da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, sugere que ter uma boa rede de amigos e vizinhos pode aumentar a sobrevivência humana em 50%. Para os pesquisadores americanos, ter poucos amigos pode ser tão prejudicial à sobrevivência de uma pessoa como fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra. Acreditam que tomar conta de outras pessoas nos leva a cuidar melhor de nós mesmos. Perder o apoio social pode diminuir ainda mais a probabilidade de sobrevivência do que a obesidade ou sedentarismo.”
Nota – fonte que não foi possível, neste momento, identificar.
CAFÉ DA MANHÃ
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