Nikias Skapinakis – “Paisagem – Bandeira Portuguesa”
“Portugal participa na ‘festa verde' da Irlanda com três monumentos, entre eles o Cristo Rei, em Almada. É uma marca irlandesa que seduz cada vez mais países - e turistas.
O que têm em comum a estátua do Cristo-Rei em Almada, o Coliseu em Roma, a basílica do Sacré Coeur em Paris, o Empire State Building em Nova Iorque, o Palácio Grimaldi no Mónaco ou a Torre inclinada de Pisa? Na noite da próxima segunda-feira, dia 16, logo após o pôr-do-sol, todos eles farão parte dos 125 edifícios históricos em 25 países que vão aparecer ‘pintados' em verde-esmeralda. A pintura, entenda-se, será uma iluminação especial que irá esverdear os monumentos que participam do ‘Global Greening', uma iniciativa da Irlanda para assinalar o dia do seu santo padroeiro, St. Patrick, que se celebra a 17 e que é festejado por mais de 70 milhões de irlandeses em todo o planeta. O projeto, iniciado há seis anos pelo Turismo irlandês, é também uma forma de promover o país à escala mundial e, em especial, o seu turismo.
O santuário do Cristo Rei, na margem sul do Tejo, não será o único monumento em Portugal a ser colorido com verde-esmeralda este ano. A estátua do Duque da Terceira, no Cais do Sodré, é uma das estreias da lista e o Palácio Museu dos Condes de Castro Guimarães, em Cascais, volta a juntar-se à iniciativa. Nos dois primeiros casos, as luzes verdes estarão ligadas durante três noites, de 16 a 18 de Março - apenas em Cascais o efeito de ‘Greening' irá prolongar-se até ao dia 21, data em que o evento fará o encerramento oficial.
A relevância e centralidade dos monumentos estão entre os principais critérios de escolha, mas as ligações à Irlanda também pesam na decisão. É o que acontece, por exemplo, com o Palácio Museu Condes de Castro Guimarães. O edifício em Cascais foi erguido por volta de 1900 para ser a casa de veraneio de Jorge O'Neill, descendente dos reis da Irlanda. E não falta sequer o cruzamento entre a arte portuguesa e símbolos irlandeses - como os trevos, reconhecidos como símbolo do país, na porta de ferro forjado do palácio e também na pintura de teto da ‘Sala dos Trevos'.”
CAFÉ DA MANHÃ
Piazza Dei Miracoli, Pisa
A cidade de Pisa é conhecida pela beleza e pela famosa torre sineira. Deslustra a Piazza Dei Miracoli que em frente da catedral, do batistério e da inclinada Torre de Pisa haja mercado. Flores muitas aliviam a fealdade da «coisa»: bricabraques, ‘recuerdos’ e gente à pinha disposta a encher sacos com inutilidades. Entre elas, as inefáveis T-shirts que provam visita a lugar emblemático. Passada exibição eufórica aquando do após regresso, jazem no breu duma gaveta de recordações ou recatadas até serventia para dar banho ao cão ou qualquer tarefa menor.
Pior que o mercado, somente as hordas de turistas estivais que inundam a “boa velha Europa”. De máquinas em punho disparam-nas sem freio. Cliché humorado são aqueles que se fazem fotografar aparentando segurar a torre. Na volta, dirão que a salvaram de queda iminente. «Cromos» deliciosos!
Assinatura de Galileu
Retrocedamos ao século XVII e a lendas científicas. Uma envolve Galileu Galilei, o tal que ao sair do julgamento da Inquisição por crença no heliocentrismo, disse: “Eppur si muove!” O homem era coerente – melhorara trinta vezes a eficácia do telescópio conhecido por Trompa Holandesa e sabia do que falava.
Atrasemos a estória. Rodeado de estudantes, Galileu lançou uma pedra grande e outra pequena do cimo da Torre de Pisa. Discípulo do Mestre garante terem chegado ao mesmo tempo ao solo. A inclinação deu arranjo: na queda, os objetos lançados alcançavam o terreiro sem tocar nas paredes. “Estranho!” clamaram em uníssono os assistentes _ "A pedra maior devia ter chegado primeiro." Ledo engano: esqueceram a força contrária do ar, tanto mais intensa quanto maior a massa do corpo em queda, seja a altura do lançamento suficiente.
José Bandeira
No quotidiano, largados em simultâneo e de pouca altura, pedaço de chumbo e pena, o primeiro atinge mais depressa a base. Olha a maçada! Estaria errado Galileu? _ Nem um pouco. Explicação reside na força resistente do ar. Sendo minimizada pela maior distância percorrida pelos corpos, formiga ou elefante, pobres coitados!, aterram ao mesmo tempo. Chegarem inteiros e com saúde é estória outra.
Em condições ideais, expurgado o ar até ao vazio, formiga e elefante, chumbo e pena caem ao mesmo tempo na obediência à lei da dinâmica: Fr = mar (a força que resulta de todas as aplicadas a um corpo com massa(m) determinada é proporcionalmente direta à aceleração resultante). Sendo nula Fr, também o será a aceleração comunicada. No vazio, aplicada na queda apenas a força da gravidade exercida pela Terra e sem a força resistente do ar, diferença ente obesos e anoréticos na chegada à base não existe.
Estudantes cábulas memorizam a lei de modo simples: “A força é má”. Ámen.
Nota: há pouco, texto publicado também aqui.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros