Sumi Kei
Soe dizer que determinados fenómenos são sinais dos tempos. Frase comum. As sociedades evoluem e pelos comportamentos e usos a reboque datam épocas. Assim acontece com a relação professor/aluno, professor/encarregado de educação.
Tempos houve em que o professor detinha autoridade e merecia respeito social. Por culpa própria e dos sindicatos e dos maiorais do sector educativo, a profissão aviltou-se também por ser a única que, salvo balconistas, paquetes, funcionários de limpeza, não carece de testes psicotécnicos e entrevistas personalizadas para o candidato ser admitido. Faltando emprego, qual o reduto de licenciados? _ O ensino e, falhada a hipótese, call centers ou super/hipermercados.
Entre as qualificações pedagógicas que “fast profs” não possuem, está o lidar com saber e autoridade isenta de autoritarismos – este último modo de estar na sala de aula emenda o soneto para pior - em situações problemáticas, quiçá agressivas. Professores vulneráveis por falta de talento ou preparação ou paixão ficam hesitantes, impotentes - piores das atitudes a tomar.
Workshops no Porto, 150 euros por sessão, ensinam o docente a prevenir agressões, manietar maus fígados de alunos ou seus responsáveis. Industriam professores a protegerem-se, a lobrigarem fugas rápidas, a pisadelas que surpreendam o agressor e, no entretanto, lhes permitam torná-los indefesos agarrando-os com pulsos fortes e treinados.
Esta é, entre outras, declarada falência do sistema de educação em Portugal.
CAFÉ DA MANHÃ
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