Autor que não foi possível identificar e Marc Lee
Perante uma tragédia, após a estupefacção inicial, acompanham o sentir condoído interrogações. Rodopiam sem resposta cabal. Como pode um privilegiado do Ocidente desenvolvido, aparentemente saudável nos meandros da psique, extremar a convicção fundamentalista cristã até ao assassinato de mais de sessenta pessoas?
Se todos os radicalismos que fomentam matanças têm jus a condenação, fosse o criminoso filho dum povo oprimido pela cobiça, desrespeitado pelas crenças, sujeito a ingerências e guerras promovidas pelas democracias fingidas que alargam as penas de pavão sobre ele, algum entendimento é possível. Testemunhar durante anos fiados a morte de pais, irmãos, amigos conduz a violência cujo crescer é imparável. A idêntico final encaminham as profundas assimetrias sociais tirânicas ou democratas(?) que fracturam os humanos. Não as pensar como injustiça, bomba em construção, é imediatismo criminoso – os desperdícios do Ocidente obeso ajudariam milhões de sequiosos e famintos por este mundo além.
Nos países nórdicos, a social-democracia vigente é tolerante, resguarda os cidadãos. Anders Breivik Behring, norueguês e autor confesso da chacina em Oslo, bem como na ilha de Utoya, fruiu das benesses do país onde nasceu. O facto somente acresce incompreensão pelos atentados que perpetrou. Todavia, exterminar, às centenas, vidas na Líbia através de bombardeamentos liderados pela NATO, é despercebido pelos clientes do bife e do bem-bom no lado certo(?) do mundo.
CAFÉ DA MANHÃ
Dizem-no futuro hino que honra a quase centena de vítimas da Noruega - Mitt Lille Land (Meu Pequeno País ou Minha Pequena Terra). A canção foi editada ontem e interpretada por Maria Mena (ascendência norueguesa e norte-americana).
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros