Bjorn Richter
Como substituir a onda de felicidade vivida após conquista significativa no futebol? Outro motivo neste país de calças caídas pela míngua e subordinado a tirania exterior, num olhar de relance, não é fácil de encontrar. Enumerar desgraças, todos fazemos quotidianamente. A tristeza que faz olhares mortiços, gestos desesperançados é comum. Mas atentemos nas novidades boas que surgem em Portugal: instituições científicas e/ou tecnológicas reconhecidas por esse mundo fora, premiada com mais estrelas Michelin a nossa gastronomia como ontem aconteceu, o prestígio internacional nas artes desenvolvidas aqui, o mérito dos nossos investigadores e especialistas que na «estranja» dão provas de excelência. Por fim, a resistência dos cidadãos perante anos difíceis. A capacidade de sofrer com dignidade. E para aqueles cujo sentido da vida foi esfumado, a luta na batalha pela subsistência travada no dia-a-dia.
Se não encontramos razões para confiar nos governantes, confiemos nas individuais. Eu confio.
“Uma vez numa lua azul”
O quarto está vazio
as luzes estão turvas
e maravilhas o meu coração
se eu nunca mais irei vê-lo novamente
Minhas lágrimas estão com fome
para uma porta aberta
e os seus braços me seguraram
Eu nunca me senti assim antes
E eu estarei esperando
e eu vou estar assistindo
sob uma lua azul
Gosto do céu
só acontece
uma vez numa lua azul
Você lembra-se
quando o vento soprava livre?
Nós encaixávamos
tão naturalmente
Se o vento fecha a porta
ele vai abrir outra
Uma vez numa lua azul
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros