Cruzeiro Seixas
Da cabalística não sou maskilim e pouco sei além do mistério emprestado ao sete e ao nove. Nela me iniciei às voltas na Regaleira ou por ficções de credibilidade duvidosa. Dizem ser o três número mágico – a família clássica confortada pela primeira maternidade, o tempo humano traduzido pelo presente, passado e futuro, o mínimo de pernas para suportar mesa ou assento, a base transgressora da pluralidade nas fantasias eróticas, a conta que Deus fez.
Terá sido o acaso ou um capricho da fortuna que nos angulou a geometria? Na ausência da malvasia – casta louvada por Shakespeare –, a mistura de tequila e cointreau se à eloquência do discurso pouco acresceu, soltou as emoções. Desprendeu a fala. Quebrou as rédeas do riso. Restituiu à liberdade osgestos. Não que o embaraço fora previsto – no quotidiano justapunha-mos as vidas.
À beira das águas mansas do Tejo, e antes do na tua, na dele ou na minha, abrimos portas à volatilidade das intenções. Não nos satisfez o resguardo meticuloso do passado, o presente arrumadinho, a embalagem conformada ao peso e à medida rígida da expedição postal, o fazer adiado para amanhã que pode nem chegar. Da noite a cumplicidade. Da maresia o odor. Do sal o deleite. E acordámos na frase puída - os “(a)casos” podem não ter finais felizes, mas os começos... Ah, esses!... Felizes são.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros