Lauro António, apresenta o convidado. Jorge Silva Melo aborda a cultura portuguesa na atualidade, o teatro em especial. De tão especial a palestra, foi rico o debate no após.
Maria Eduarda Colares, Maria da Luz e a atriz Lia Gama que muitas achegas certeiras deu ao diálogo estabelecido.
Maria Ondina Camilo e o ator/encenador Frederico Corado.
A atriz Elsa Galvão, a irmã, Celeste Chaves, Victor Serra também enriqueceriam a conversa com reflexões justa e sábias. A alegria reinou.
Em baixo, outros participantes dum "Vavadiando" a não esquecer.
CAFÉ DA MANHÃ
À chegada, o Vá-Vá ofertou aos participantes decoração natalícia e a tradicional belíssima coleção de obras de nomes grandes das artes e das letras.
Pelas assinaturas, identificados os autores ilustres.
Maria Eduarda Colares e Fernando Dacosta.
Alguns dos rostos que neste e noutros "Vavadiando" têm participado.
Apresentação do belíssimo orador pelo Lauro António. João Pereira Bastos falou e encantou no ambiente íntimo a permitir histórias pouco conhecidas desta personagem de renome na cultura portuguesa em geral, nas artes cénicas em particular. Quem julga elitista o rol dos presentes cai em logro. Todos são bem-vindos. E que 'tragam mais cinco'. Para conhecimento das próximas tertúlias basta consultar o link à direita que tem por nome "Lauro António Apresenta" onde figura o endereço de e-mail e, através dele, revelar interesse em ser incluído na lista das comunicações.
CAFÉ DA MANHÃ
Após mais uma sessão da tertúlia “Vavadiando” promovida pelo Lauro António no Vá-Vá onde foram cruzados tempos e cruzam as avenidas Estados Unidos da América com a de Roma, fui desafiada pela pintora Graça Delgado para surpresa longe dali. Vínhamos com almas cheias pela história do lugar no final dos sessenta, na década de setenta, desfiada pelo Fernando Tordo. Descemos às catacumbas do metro. Até ao Cais do Sodré, extravasámos emoções e contos, risos muitos pelo que fôramos nos tempos lembrados.
Na zona para onde a moda da atual noite lisboeta se mudou, a surpresa. Estabelecimento esconso, balcão simbólico, mochos, poucos, como assentos, luz e palco diminutos. Neste, mesa de honra onde haviam tomado lugar os protagonistas: Miguel Real, autor do prefácio, o ilustrador, Manuel San-Payo — fora colega e amigo que perdera de vista -, o editor da obra apresentada. Cristina Carvalho, ao centro. Da escritora, jamais havia lido o quer que fosse. Somente ali, tive conhecimento da sua extensa obra literária, de ser filha de Rómulo de Carvalho, Homem com o qual convivi, pedagogo da ciência cujos saberes e livros me haviam iluminado o percurso na divulgação das ciências Física e Química. Senti-me em casa também pelo lugar despojado de ribaltas ociosas. No final, dança mistura de gerações reuniu desde crianças pequenas até adultos de idade meia – a grande idade rara ali. A boa seleção de música dos anos sessenta responsável pelo bailarico. Em lançamento, “Ana de Londres”. Anteriormente, fora conto no primeiro livro de Cristina Carvalho, “Até já não é Adeus: histórias perversas”, dado à estampa em 1989 e em 1996 publicado autonomamente. Pela valia histórico-social do conto, pela admirável escrita, ganhou alforria após revisto. Decisivo o empurrão dos leitores e de críticos remontados. Encanto suplementar neste livro há curtos meses reeditado: os pretos e brancos de Manuel San-Payo (quantas vezes presenciei a execução de mais pelo mesmo artista plástico!), responsável por um dos banners de eleição deste “Escrever é Triste” trazido pela «prima» Rita Roquette de Vasconcellos comentado com excelência por outra «prima», Eugénia Vasconcellos.
É em Lisboa que decorre a ação do livro escrita com linguagem precisa e preciosa. Localização temporal: final dos anos sessenta do século passado, mais rigorosamente em julho de sessenta e nove. Tempos difíceis pelo cinzento névoa e lutos que em permanência se abatiam sobre os portugueses. A guerra colonial, o ambiente pardo e castrador que engaiolava todos, jovens em particular, a revolta por tal, a fuga de tantos. João Filipe, namorado de Ana Maria, um de muitos. Nos ideais e decadente viver em Portugal, Ana encontra força para escapar de tamanha sem graça. Abandona família e amigos. Parte de Campo de Ourique para Londres. Das aventuras, das desfeitas no antes e depois, é narradora amiga de infância de Ana. Por ela sabemos o passado no momento em que a rapariga de dezoito anos comunica aos pais o decidido (…)
Nota: texto publicado hoje no "Escrever é Triste.
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No dia 29 de Novembro, Medeiros Ferreira foi o convidado da tertúlia "Vavadiando" promovida pelo excelente anfitrião Lauro António. À direita, Maria Eduarda Colares e Maria Emília Brederode Santos.
Lauro António apresenta o orador a uma assembleia sempre amável e, frequentemente, interventiva que escuta com prazer as palavras e a ironia subtil de Medeiros Ferreira. Depois, as perguntas e o diálogo com todos.
Conceição Alexandre e Mary. Duas das muitas habituais presenças nestas aventuras de saberes.
O pintor Eurico Gonçalves, José Espada Teixeira e o ator e encenador Frederico Corado.
A 20 de dezembro, João Pereira Bastos na sessão de Natal do "Vavadiando". A não perder. O Vá-Vá espera todos aqueles interesssados em participar.
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Quinta da Alorna para bem começar o dia. Pitéus ao almoço, horizontes e o perto. Sublimes no todo.
Pelas 18h, regresso a Lisboa para o "Vavadiando" com Mário de Carvalho.
Alexandra Amorim, Lauro António e Mário de Carvalho.
A mulher do Mário de Carvalho, Eduarda Colares, Vítor Serra.
Descida a noite, a lua e luzes outras numa festa de praia.
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Ali no cruzamento entre a Estados Unidos e a Avenida de Roma, o Vá-Vá.
Lugar de tradição no pensar e refletir conjunto da sociedade portuguesa. O telefone avisa chamada da querida amiga Manuela Pinheiro.
_ "A menina agora deu em jornalista?"
Entrei. Foi de ternura o reencontro. Como outros. Como todos.
A reconhecida Pintora Manuela Pinheiro, autora de algumas das obras que fazem do Vá-Vá mostra significativa da cerâmica e pintura portuguesa, Victor Serra e Fernando Dacosta.
A cumplicidade de amigas desde sempre: Maria Eduarda Colares e Manuela Pinheiro.
João Soares entre amigos. (Fotografias obtidas por Maria Eduarda Colares)
Lauro António apresenta João Soares. Política, sociedade, Europa e o mundo. Debate informal, espontâneo e proveitoso. Serão que permtiu analisar as funduras, graças e desgraças deste povo em aperto nunca visto.
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Momento de silêncio e luzes baixas, fascinante pelo cantar da Mísia.
E a maravilha duma voz encheu a sala.
Eduarda Colares fotografa e, em simultâneo, é fotografada. O Fernando Dacosta foi apanhado sem querer.
Serão admirável onde a Mísia se expôs até redutos fundos. Quem a olha e ouve nos espetáculos ou nos videoclips não configura a personalidade e a voz espontânea sem violas ou rede. Pena é ser mais conhecida lá fora do que neste pequeno Portugal.
Este “Vavadiando” foi, como de costume, surpresa boa. Num ambiente descontraído, propício à intimidade, é amizade o respirado. Bem-haja Lauro António.
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Consta no rodapé do videoclip:
“O fado «O Manto da Rainha» consta do álbum de Mísia «Senhora da Noite», tendo sido lançado em Portugal a 22 de Dezembro de 2011. O «Manto da Rainha» é o nome que em Quiromancia se dá a uma rara e paralela segunda linha da vida, na palma da mão esquerda. Esta linha representa uma espécie de proteção do destino. Mísia tem esta rara linha na sua mão. O texto foi escrito por Mísia com uma linguagem gótica-romântica característica do séc. XIX onde se glosa a primeira estrofe.
Mísia conheceu John Turturro quando participou no filme Passione dirigido em Nápoles por este ator e realizador italo-americano. Mísia sempre foi uma grande admiradora do talento e filmografia de John Turturro, por isso aceitou imediatamente o convite para participar no filme Passione, que abre e fecha com duas canções napolitanas cantadas por Mísia. Mísia deveria cantar inicialmente Era di Maggio com Pepe Servillo e Avion Travel, mas Turturro convidou-a para aprender em 24 horas o tema Indiferentemente que fecha o filme. Desta colaboração nasceu uma grande cumplicidade artística que levou Turturro a aceitar o convite de Mísia para realizar pela primeira vez um videoclip. Foi de mútuo acordo que se escolheu um ambiente barroco e decadente que poderia também ser o de um espaço em Lisboa, para ilustrar o texto de Mísia, no qual a primeira quadra é glosada.”
Colecção "Inverno, Lisboa, 2010"
Em azul néon as letras – duplo «V», duplo «Á» - são estrelas que orientam caminhos na encruzilhada da noite. Nunca é mais um o encontro que o dentro das letras chama e abriga. Meio ano sem ele criou saudade das pessoas, das falas também elas cruzadas, jamais ociosas, sempre alegres, risonhas, sérias chegado o momento de seriedade no tratado. Apetitosas, portanto.
A Estados Unidos interrompe a de Roma para depois ambas prosseguirem rotas. No lugar da cruz pouco se distinguem e mais parece uma continuar a outra. A Lisboa que se rende ao breu, porque mal iluminada, tem ali oásis ténue.
Antes da entrada no Vá-Vá, chuva grossa cai e rebrilha o alcatrão, reflecte luzes nas cadeiras vagas pela invernia. E há verde modesto pelo tamanho naquele lugar na cidade, vivaço pela humidade que o céu avia. Plantado na calçada portuguesa onde o basalto é fronteira e desenho.
Aberta a porta, cerâmica da Menez é presença que delimita e forra o espaço. Na sala privada, emoldurados folhetos doutros Vavadiando, convidados/protagonistas em destaque. E são lembradas tertúlias passadas que intervalaram gentes do palco, do cinema, da política, da escrita, da sociedade atenta à cultura.
Na parede oposta, fotografias das personalidades que dali fizeram lugar de convívio revestem-na. Memórias de muitos que partiram, alguns que o mundo todo conheceu, a medalha da AHRESP lembra a comenda, há pouco, atribuída pela Presidência da República. Justa pelo papel interventivo na sociedade e na cultura do Vá-Vá que o Lauro António, a Eduarda têm mantido vivo e lustrado.
Murais da Menez, obras da Manuela Pinheiro e doutros constroem galeria nobre e insuspeita para quem dos autores não identifica cores e traços.
À despedida, impossível não desafiar o querido amigo e anfitrião para um engravatado adeus e votos de Festas boas. Já na série de televisão deste amante e conhecedor de cinema, se era da Marilyn o filme, a gravata representava-a. Idêntica opção para estrelas outras. O humor do Lauro António é subtil, mas poderoso. Na rua, as cadeiras empilhadas significam o final da jornada. Pobres enfeites continuam à chuva ignorando o calor ali tão perto e acabado.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia do Amigo Justo
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros