Yossi Rosenstein, Juan Medina
28 de Outubro. 19 horas. Local: Museu Militar. Razão: lançamento do último livro de Mendo Castro Henriques, “Vencer ou Morrer”. Ficção histórica reportada às Guerras Peninsulares. O primeiro duma trilogia que promete e embevece quem, como eu, já desflorou com emoção as primeiras páginas da obra. Romance épico, discurso entre o queirosiano e o camiliano. Interromper a leitura por obrigações várias soube-me mal – o desejo é não interromper a cadência das palavras, delas a substância, do enredo que fala duma Lisboa e dum povo (o nosso) perante a ambição napoleónica e mais provindas doutras estranjas.
O acontecimento foi digno sem «luxoriquices» de tigela-meia. Na sala vetusta, em simultâneo grandiosa, Virgílio Castelo apresentou com brilho o que ali nos levava. O estimado Mendo, na simplicidade que lhe é própria, desenredou o percurso seguido até a investigação e as palavras e as páginas se ajuntarem dando corpo ao livro que, ou me engana a intuição, ou será êxito livreiro. Após satisfeita a fila imensa na espera do escrito na página segunda, os notáveis presentes – e se eram muitos -, anónimos e amigos reuniram-se num Porto de Honra sem arrebiques, dialogante e afável.
Nem parece sugestão vinda de mulher que abomina centros comerciais, mas arrisco: para hoje, adquirir o Vencer ou Morrer e fruir da leitura enquanto chuva e vento são, no exterior, deliciosa banda sonora. E lembro do filme Green Baret a marcha militar que, em alternativa, reúne condições para forrar paredes íntimas: _ “Saltar, combater / P'ra vencer ou p'ra morrer (…) Em atenção, vamos atacar, / Preparar para saltar. / Cantando assim, / Lutaremos até ao fim."
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros