Eric Zener
O Presidente excluiu de atitude sensata veto ao diploma que passa a regular o casamento homossexual. Alegou balbúrdia, ruído na sociedade, notícias que distraíssem os portugueses das recentes verdades azedas. Com o ‘sopas talvez’ presidencial, gajinha como eu, fica indecisa:
_ Defende o povo, ou defende-se ele?
Vá a cidadã entender o porquê, até que nem era assim antes de Cavaco: confiança inerente ao comandante supremo dos regimentos militares e sociais. Adiantar condicionamento pelo laranja vigente é ocioso: entre rosa e setas, a diferença in factum não é por aí além. Valores outros se interpõem: constrangimentos, desde cedo, enraizados no espírito. Laivos de ‘pré-conceitos’ por abater? _ Possibilidade, uma. Há mais.
E a mulher, livre de «nins» intercalados na matriz – tudo ou nada como princípio e fim da helicóide –, odeia o recomendado por manual oposto às convicções. Se Cavaco aprovou o que reprova, atrevo julgamento arrogante, contrário à pequenez que me reconheço: não maiúsculo decisório impunha-se. Resposta única. Independente dos ratings e pressões que não exclusivas da consciência.
Quão pequeno e engoma-trapos vai Portugal!
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros