Jan Bollaert
Semana que começa bem e luz, entre chuva, esperança. Par de razões é suficiente. Primeira: as legislativas e as autárquicas ocorrem em datas diferentes _ a 27 de Setembro e a 11 de Outubro. Segunda: foi criado o Departamento de Ciências da Vida na Universidade de Coimbra. Fundamento: «Realidades como o envelhecimento da população, a resistência aos antibióticos e as doenças sem cura exigem novas abordagens científicas para o desenvolvimento de fármacos e técnicas inovadoras».
Que em Portugal abunda matéria cerebral de excelência é certeza. Que em vez de exportada ou imigrada encontre razões para permanecer ao serviço do povo ao qual pertence pela origem, é necessário. Mistura credível abrangendo Zoologia, Botânica, Antropologia e Bioquímica obriga a fé nos resultados. Ainda mais quando a fusão está envolvida em projectos científicos mundiais.
Ainda assim, prefiro atentar nas orquídeas do campo. Terrestres na maioria. Parasitas e trepadoras, algumas. Li qualquer coisa semelhante a isto: um único fruto de orquídea cobre centenas de milhares de sementes; dois ou três indivíduos cultivados podem, breves anos decorridos, gerarem elevado número de plantas. Ameaça de extinção muito diferente da animal _ escassos filhos por gestação.
Até ao final deste mês, as exóticas vulvas vegetais passam desapercebidas nos campos. Que a distracção não esmague os botões nos ovários invertidos. Ficam a perder os olhos do espírito.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros