Autor que não foi possível identificar, Jan Bollaert
Da crisálida no seu casulo, mais cedo do que o previsto, houve mulher com criança dentro. Porque da dormência das sestas adultas, na infância, constituíra reinos e da precária liberdade experimentara magia, aprendeu a deter-se. No silêncio, jogar ao faz de conta. Uma e outra e outra figura. Personagens múltiplas que viria a integrar enquanto despia e vestia sedas da mãe copiando gestos de filmes antigos que o preto e branco coloria.
Desequilibrada nos saltos, encenava graça e langor no palco que o espelho devolvia. A sedução da mãe, das mulheres de Hollywood repetidas no descalçar da meia e na alça caída do ombro por suave estremecer. Um dia, sua. Egoísta pela relevância do querer, houvesse ou não quarto cheio de homem que a visse.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros