Yuri Matsik - Clowns
Valente anonimato
“Uma das coisas que abomino na bloga, em toda a net, é o anonimato. Toda a diatribe sem assinatura, toda a iconoclastia atrás de uma máscara, São o que são: pusilânimes.
Neste blog, ainda por cima um blog que se quer de escrita lúdica, sem propósitos de arregimentação, em que todos os autores assinam com o próprio nome, gostava que os comentadores usassem também o deles. Não gosto de falar com pseudónimos, com fatinhos de arlequim e mascarilhas de Zorro.”
Eu conheço o anónimo!
“Caro, eu conheço o anónimo. É uma besta chapada, um alarve, um safado. É um tipo que julgaram inteligente, porque aos três meses já andava pelo seu pé, mas veio a saber-se que era apenas porque ninguém queria andar com ele ao colo.
O anónimo tem o cabelo oleoso, a unhaca do dedo mindinho crescida e caspa nas sobrancelhas. De figura é um nojo, com queixo proeminente donde parece escorrer em permanência um fio de azeite mau. E tem mau hálito, o que agrava o quadro, porque sendo baixote dirige, quando fala, o bafo na direção das narinas do circunstante.
Intelectualmente é um calhau. Dizem que ficou em segundo lugar num concurso de estúpidos e que foi confundido com um peru quando tentou multiplicar nove por nove. Há quem sustente que devia estar internado, mas veio a saber-se que ele era assim por gosto e não por qualquer deficiência, salvo de caracter.
Não sei se lhes disse que é corrupto… Mas é! E mentiroso. E vigarista. O anónimo só tem uma utilidade que é esta: podemos descarregar nele o fígado, porque, cobardemente, embora saiba bem que é dele que falamos, nunca haverá de dizer quem é.
E tu escusas de ficar chateado. Não é de ti que estou a falar.”
Por me assentar também o gorro, de hoje em diante exposto o que todos sabiam: Maria Brojo já foi “Tati” e “Teresa C.”
CAFÉ DA MANHÃ
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