Yvonne Gilbert
A todos os pais e, em particular, aos arredados dos filhos pela conjunção da vida, presto homenagem. É ido o pensamento de pertencer à mãe a maior responsabilidade no crescimento de uma criança. Na sociedade que temos, ninguém com nível mínimo de análise conceptual pode negar que a figura masculina, consubstanciada no pai, ou quem dele pelo amor e dádiva faça a vez, é essencial para que o ser humano evolua harmonioso.
Nós, mulheres, quantas vezes sobrevalorizando o papel de mãe em detrimento do pai, temos por obrigação respeitar e valorizar o homem que connosco gerou os filhos tão amados. Superproteção das crianças pela figura materna e exclusivo exercício da autoridade pela figura paternal é erro crasso de que somos, maioritariamente, culpadas. Disto não beneficia ninguém. Mais digo: as mães que assim entendem o exercício do seu amor pelos filhos comprometem da família o bem-estar e o futuro. Delas, a culpa em fatia crescida, por que as crianças à injustiça são sensíveis e ainda mais ao desgaste repetido do pai amado. Cedo ou tarde, chegará o dia em que o erro - bem intencionado(?), erro porém - será pago com juros.
Vão difíceis os dias para a família. Ansiedades, cansaço, dificuldades várias, condicionam o comportamento que os pais têm por ideal. Porventura, a humildade do reconhecimento de fazerem o possível e disso darem conta pelo diálogo e pelo exemplo aos filhos é o que importa. E, sem culpas ou frustrações, vivamos a família com alegria e verdade.
Pais: recebam a minha sentida homenagem.
CAFÉ DA MANHÃ
Yvonne Gilbert
Fosse em avião o trajecto de regresso a Lisboa, Coimbra mais teria sido do que escala pela permanência até sete de Outubro – aniversário em que renovo desejos de outros se sucederem. Costumo dizer: _ “Estes já cá cantam!” E será dividido o dia entre amores que a geografia tem separado. No retorno à ‘Grande Alface’, prolongada a alegria com outros muito amados. Repartição de momentos únicos prega partidas a afectos merecedores de tempo inteiro. Mas estou e serei feliz na partilha se, quiçá, for chegado o momento em que um ano a mais perfará soma bonita do mesmo modo que todas o foram pela lembrança da dúzia de meses com balanço feliz – a ‘contentinha’, neste povo de «inhos» e «inhas», é parca em exigências de grandes coisas quando as pequenas aportam maiores fortunas.
Em dia feriado, o de ontem, a Baixa de Coimbra, é encanto que o espírito retém – artesanato de bom gosto e habilidades mestras expostas na Ferreira Borges e Visconde da Luz; passeantes nossos e de várias partidas do mundo, esplanadas a abarrotar, calor a mais para quem da Estrela desceu. Se já na “Casa do Pastor”, metros acima do meu abrigo em Gouveia, havia comprado parte dos presentes de Natal, na passeata por Coimbra, vazia de gentiaga dos serviços, completei-os. Neste particular, possuo a riqueza de tempo disponível que me permite não assinar oferendas provindas de centros comerciais em horas últimas antes da Consoada. Com tempo e amor, decido o para quê e para quem, ajuízo custos e beleza. Tamanho prazer na escolha é instante felizardo! Venham mais.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros