Zamknij Okno, Eric Drooker, autor que não foi possível identificar
Não bastava o bastante, ou à conta disso mesmo, o estádio Magalhães Pessoa de Leiria, um dos (mal) utilizados no Campeonato Europeu de Futebol em 2004, será vendido em fatias: relvado por tanto, estacionamento por tanto diferente, bancadas por tanto outro. Mais parece tratar-se de um salame de chocolate que inteiro é indigesto. Acho bem! Num país com bolsos rotos, a solução fácil é vender o que resta e aboleta, quantas vezes, funcionários a mais, administradores chupistas e instituições ociosas. Tal como no estádio Magalhães Pessoa, só a manutenção desbarata o que não temos: dinheiro. Não é à toa que, a partir de hoje, somos lixo para a agência «ratona» Moody’s.
Os Estados Unidos, também ensarilhados com a dívida nacional que não pára de crescer como o pé de feijão da história dos irmãos Grimm, já engendram poupanças. Exemplo é o Empire State Building que utilizará energia eólica, após no ano passado ter estabelecido reduzir até 2013 o consumo de energia eléctrica em 38%. A reforma inclui sistemas de ar condicionado, aquecimento e substituição das janelas, de modo a aproveitar melhor a iluminação natural. Investimento vultuoso, mas extremamente sensato a médio e longo prazo – ganha o planeta, poupam eles. Antes tarde do que nunca esta mudança no pensar americano.
Nos “States”, furou as contas o deslocamento do Pólo Magnético da Terra. Então não é que foge cerca de 64Km por ano na direcção da Rússia? Abandonou o extremo norte de Canadá e decidiu avançar. Volúvel, heim? Se para a maioria das gentes o facto nada diz, o mesmo não acontece com o aeroporto de Tampa, na Florida obrigado a mudar a orientação das pistas, ainda que, a bem da paz, não para Meca.
CAFÉ DA MANHÃ
Richard Wallich e Zamknij Okno
Das alterações introduzidas nas sociedades pelas ciências conhecemos os efeitos. Alguns dramáticos que a história mundial da morte regista: as bombas atómicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, a pesquisa pseudocientífica durante o Holocausto Nazi, o napalm para sempre associado à Guerra do Vietname.
A investigação que permitiu à humanidade colocar homens na Lua e aumentar saberes sobre o cosmos mudaria para sempre o quotidiano do nosso tempo - novas fibras, ligas metálicas, comunicação à distância, satélites, robótica e automação, mais e mais com cabimento e sem caberem aqui.
Jabulani (‘celebração’ em zulu) anda nos pés e nas bocas neste Mundial. «Redonda» polémica, rápida, imprevisível se chutada com força e, por isso, atingindo velocidades superiores a 75 km.h-1. Putativamente culpada dos parcos golos na fase primeira do torneio de futebol que o ‘sete a zero’ de Portugal frente à Coreia do Norte desmentiu. A NASA e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estudaram-na. Submeteram-na a testes múltiplos e ao túnel do vento. Pelos 14 painéis fundidos entre eles, adquiriu sulcos aerodinâmicos. Ao deslocar-se com alta velocidade, o ar próximo da superfície de bola gera fluxos assimétricos responsáveis por forças laterais que podem resultar em súbitas mudanças da trajectória. Por outro lado, altitudes elevadas nalguns dos estádios/palcos onde a Jabulani se desloca impõem menor pressão atmosférica e densidade do ar. Reage como o esperado: maior rapidez para pontapé inferior.
Tanta tecnologia, tantas críticas, tanta pesquisa quando craque que é craque soma golos nem que seja com bola feita de trapos e recheada com peúgas rotas.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros