Quinta-feira, 24 de Abril de 2014

MATILDE, METÁFORA, MULHER

Darren Rice - Carnations

 

A primeira vez que entrei no D. Maria II, era jovem imberbe. A tia, uma de outras mui queridas, levou-me. Em cena, o “Felizmente Há Luar”. Luis Sttau Monteiro o autor de obra que conhecia. Historicamente distanciada de 1817, porque intemporal no enquadramento do autoritarismo, no caso, da monarquia absoluta. A Matilde, o Gomes Freire, o Sousa Falcão e o Manuel ainda hoje falam por vozes outras e mesmas. No início dos sessenta portugueses, a luta pela liberdade era igual. Gomes Freire, como o General Humberto Delgado, morto por causas/ideais. A riqueza dos muito ricos, a pobreza dos pobres, linhas travessas entre tempos. Ignorância como arma e estratégia perpetuando o poder e a momice da arte de bem iludir. Hoje, então, sempre.

 

Os bufos que aos Reis do Rossio serviam, recompensados em dezassete do dezanove, com o nome de “pides” nos sessentas do vinte, no catorze do vinte e um, quase esquecidos. Demasiados Vicentes, Corvos e Morais Sarmentos que n’antanho e na atualidade pululam. O enigmático destino visto em palco deslumbrou a quase mulher.

 

Ao começar o II ato, (...)

 

Nota - texto publicado aqui.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:44
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Quarta-feira, 1 de Maio de 2013

QUE BEM COMEÇA MAIO!

 

Bryan Larsen

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 10:29
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Terça-feira, 26 de Junho de 2012

SILVEDOS E AMORAS

Paul Wolber

 

Silvas beiram caminhos rurais onde gentes aventureiras ou pastores por eles calcorreiam horas de esperança ou de tédio. Amoras pendem ou eriçam-se voltando a face ainda rubra ao sol. Quem por elas passa cobiça os frutos e não resiste à suculência prometida. Rejeitar à conta do pó acumulado? _ Nem pensar!

 

E a mulher erguida desde a madrugada, após visão em malvas do dia nascente, da frugalidade dum café frente à montanha, provida de ténis e cantil, abandona o silêncio da casa dormida. Cuida de não bater com força o portão fronteiro.

 

A peregrinação pela escalada de outrora e d’hoje é iniciada ali. Ensaia passo estugado como quando eram quinze os anos contados. Por esse tempo, o grupo caminheiro era maior: mãe, pai e tia. Todos andarilhos na montanha. Todos surpreendidos por detalhes novos ou encobertos nas caminhadas anteriores. Faziam grupo feliz interrompendo o silêncio da calmaria com diálogos e risos.

 

Hoje, a mulher inspira liberdade solitária. Não recorda idos por doerem. Olha adiante o carreiro. A esperança. A vida.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

“Depois da curva da estrada

Tem um pé de araçá

Sinto vir água nos olhos

Toda vez que passo lá

Sinto o coração flechado

Cercado de solidão

Penso que deve ser doce

A Fruta do coração



Vou contar para o seu pai

Que você namora

Vou contar para a sua mãe

Que você me ignora

Vou pintar a minha boca

No vermelho da amora

Que nasce lá no quintal

Da casa onde você mora”

 

Poema de Renato Teixeira

 

publicado por Maria Brojo às 10:54
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Sexta-feira, 21 de Outubro de 2011

O "NICOLA" - INSTITUIÇÃO SOCIAL

 

Por melhor que seja, nenhum «lar» é um lar. A “Unidade de Saúde de Coimbra”, estabelecimento privado, é exemplo no cuidar bem dos internados em regime de média ou longa duração. A Drª Marisa, assistente social, e toda a equipa de psicólogas, enfermagem, animadoras culturais e auxiliares são raras pela humanidade e respeito e dedicação aos utentes. A família sempre informada das necessidades dos amores que ali permanecem devido a maleitas injustas que não se vêem mas degradam ao ponto da casa própria ou as de filhos não serem solução. Não impede, todavia, que seja dito a cada saída, sempre acompanhada, para o exterior: _ “Sol! Que saudades do Sol!” Óculos escuros dispensados para fruição da luz inteira. E dói ouvir. Tantos euros para a estrela que faz o dia ser impedida de entrar nos espaços! O Nicola, na mesma cidade, acaba por ser «lar» outro de amigos que vivem sós ou com damas de companhia, uma delas ali presente, ou conjugalidades em bodas de ouro ou internados na U.S.C. cuja família faz questão de lhes manterem o hábito da meia de leite morna e uma nata nas companhias amigas de anos muitos. Pelas onze, está reunida a tertúlia. Quem falha justifica. Não são mencionadas doenças, nem arrelias, tão pouco mágoas - aquele é lugar de alegria, de novas, de partilha, de reflexão sobre o nacional e internacional, filhos, netos, bisnetos.

 

 

No desembocar do Almedina, o fado de Coimbra magnificamente interpretado por estudantes de Direito e Economia. Estrangeiros e nativos sem arredarem pé da beira do espectáculo. Pixéis em labor constante. Vozes e música de deuses é presunção: ignoro como tocam e cantam por nunca, Deo Gratias!, ter visitado o além.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Em memória de Zeca Afonso e de Muammar Abu Minyar al-Gaddafi (o segundo vídeo descoberto pelo Veneno C. substitui o mau gosto do que escolhi; o terceiro resulta da colaboração do Acuçar C. e o quarto do Cão do Nilo).

 

publicado por Maria Brojo às 07:17
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Segunda-feira, 25 de Abril de 2011

PALAVRAS PARA QUÊ?

João Abel Manta

 

 

 

João Abel Manta

 

Autor que não foi possível identificar, João Abel Manta

 

João Abel Manta

 

Darren Rice

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:24
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